O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, lançou uma desconfiança sobre uma decisão judicial que culminou com a soltura de um dos homens mais perigosos da Bahia. No domingo, 1°, Ednaldo Freire Ferreira, o Dadá, fundador e liderança do Bonde do Maluco, deixou a porta da frente do Presídio de Itaquitinga 2, em Pernambuco, onde cumpria prisão preventiva.
A medida foi autorizada pelo desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça baiano. Quando um colega de Lima revogou a decisão, Dadá já estava nas ruas.
O argumento utilizado pela defesa do acusado foi de que ele é pai de uma criança portadora de transtorno do espectro do autismo. “Líder da principal facção criminosa da Bahia foi solto no plantão judiciário por um desembargador, num domingo, às 20h42. Quando outro desembargador revogou a decisão já era tarde demais, ele havia desaparecido. É normal? É aceitável?”, escreveu Capelli, no X (ex-Twitter).
https://twitter.com/RicardoCappelli/status/1712424648212697467?s=20
Dadá havia sido preso semanas antes, durante uma abordagem na cidade de Sertânia (PE).
A soltura de um dos líderes da principal facção criminosa da Bahia ocorre no momento em que o estado passa por uma grande onda de violência. No mês passado, foram registradas setenta mortes ligadas a disputas por pontos de tráfico.