O ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, tenta há três anos limpar o seu nome. Não por causa de alguma dívida que restou de sua condenação no mensalão, em 2012, mas por um débito que diz não ter contraído. Em meados do ano passado, ele entrou com um processo na Justiça em que afirma ter ido fazer uma compra em sua cidade, Mogi das Cruzes (SP), mas foi impedido por haver uma restrição de seu nome no banco de dados do Serasa. Ao pesquisar o motivo, deparou com três duplicatas, de 2 145 reais cada uma, que não foram quitadas e que, posteriormente, foram processadas.
“O autor não recebeu nenhuma notificação ou carta informando que seu nome estava sendo inserido no Serasa, tampouco esteve realizando qualquer compra junto à requerida que justificasse tal inserção, desconhece totalmente a referida empresa e sua localidade. É residente em Mogi das Cruzes/SP, e nunca esteve em São José do Rio Preto/SP para o interesse na compra de produtos da requerida”, disse seu advogado ao juiz.
Desde então, o magistrado, que negou o desbloqueio do nome de Valdemar até ouvir o outro lado, vem tentando notificar o autor da conta, sem sucesso. Enquanto isso, fica o devedor constrangido. “Por causa desse fato constrangedor, o autor vem sofrendo problemas, tendo em vista que se trata de uma pessoa que necessita do nome sem quaisquer restrições, é empresário, pessoa de bem e nunca teve seu nome constrangido ou envolvido no rol dos maus pagadores.”