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A dificuldade de Joice Hasselmann para emplacar a candidatura em São Paulo

Mulher mais bem votada na história para a Câmara dos Deputados, ela brigou com o bolsonarismo e patina nas pesquisas com apoio de apenas 1% do eleitorado

Por Redação
Atualizado em 21 ago 2020, 12h31 - Publicado em 21 ago 2020, 12h10
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  • De estrela do bolsonarismo a azarão na disputa pela prefeitura de São Paulo. A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) vem patinando nas pesquisas de intenção de voto e não tem mais do que 1% do apoio do eleitorado da capital paulista para a eleição de novembro. Hasselmann, a mulher mais bem votada da história para a Câmara dos Deputados, viu seu capital político derreter após comprar sucessivas brigas com aqueles que foram seus principais cabos eleitorais: Jair Bolsonaro e os filhos do presidente.

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    Hasselmann se elegeu em 2018 com o registro expressivo de 1.078.666 votos. Em nível nacional, ela só ficou atrás de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que obteve 1.843.735 votos, a maior marca computada na história. Seu moral com a base bolsonarista era tamanho que o presidente a transformou em líder do governo no Congresso, uma posição rara de ser ocupada por uma estreante em Brasília. 

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    O tempo passou e os atritos entre Joice e Eduardo se tornaram públicos. Quando Bolsonaro rompeu com o PSL, a deputada foi destituída da liderança do governo e entrou em conflito com os aliados do presidente. Ela se transformou numa das principais testemunhas da CPMI das Fake News, que apura a existência de uma rede orquestrada de perfis bolsonaristas voltados para o assassinato de reputações na internet. Em seu depoimento aos parlamentares, ela fez graves acusações a Eduardo e ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), apontados como artífices desse esquema.

    A briga custou caro para Hasselmann. Tão caro que a deputada vem tentando reconstruir pontes. Apesar de ser crítica ao tratamento que Bolsonaro deu à pandemia de Covid-19, ela afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes que é a melhor candidata para o presidente em São Paulo. Virou piada entre os apoiadores mais fanáticos do bolsonarismo nas redes sociais.

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    “Por mais que tenha sido bem votada, ela é uma estreante na política e tinha sua projeção ligada à proximidade com o Bolsonaro”, disse Cristiano Noronha, vice-presidente da consultoria Arko Advice. “Ela ainda tenta se agarrar a isso de alguma forma, mas o nível de atrito foi muito grande entre eles. É muito difícil convencer o eleitor do Bolsonaro, que é muito militante, de que essa mudança de postura é para valer e não se trata de uma mera conveniência eleitoral”, afirmou.

    Para além da rejeição da base bolsonarista, Hasselmann também não é bem vista pela ala mais identificada com o presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE). Caciques do partido afirmam que ela é desagregadora e não contribui para a unidade do partido, que tenta se reaproximar de Bolsonaro às vésperas das eleições municipais. Nesta semana, especulou-se que a diretoria do PSL tenta convencer a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) a sair candidata em São Paulo, algo que ela negou nas redes sociais.

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    Nos levantamentos divulgados nesta sexta-feira, 21, pelo Instituto Paraná Pesquisas, a liderança da disputa pela prefeitura de São Paulo está dividida entre o deputado Celso Russomanno (Republicanos) e o prefeito Bruno Covas (PSDB), que estão empatados tecnicamente com cerca de 20% das intenções de votos.

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