O ministro Sergio Moro (Justiça) recorreu à sua memória — ou à falta dela — em pelo menos três situações em sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Sempre que confrontado sobre o conteúdo das conversas travadas com o procurador Deltan Dallagnol no âmbito da Operação Lava Jato por um aplicativo de mensagens – os diálogos foram revelados pelo site The Intercept Brasil -, ele afirmou não se recordar das conversas e os termos em que elas se deram, mas garantiu os diálogos são comuns até com advogados e que tudo se deu dentro da lei.
Moro também disse que precisa “reavivar as memórias” ao ser perguntado se ainda concorda com o projeto das 10 Medidas Contra a Corrupção, que prevê, entre outros pontos, o uso de provas ilícitas obtidas de boa-fé. Já ao relembrar as circunstâncias em que aceitou participar do governo Bolsonaro, o ministro negou que tenha exigido que o Coaf ficasse sob seu comando no Ministério da Justiça. “Ninguém lembra com exatidão o que aconteceu na reunião, mas eu lembro exatamente que eu não pedi o Coaf. Me foi oferecido.”