Assine VEJA por R$2,00/semana
Maílson da Nóbrega Por Coluna Blog do economista Maílson da Nóbrega: política, economia e história
Continua após publicidade

Análise: recuperação da economia engrena, mas ainda é lenta

Retomada do emprego, juros mais baixos, redução das incertezas econômicas e liberações do FGTS devem garantir melhor resultado no quarto trimestre

Por Maílson da Nóbrega
Atualizado em 3 dez 2019, 13h01 - Publicado em 3 dez 2019, 09h45
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O desempenho do PIB, há pouco divulgado pelo IBGE, mostrou crescimento de 0,6% no terceiro sobre o segundo trimestre, na série dessazonalizada. Na comparação interanual, a expansão foi de 1,2% sobre o terceiro trimestre de 2018. Em todas as métricas, o crescimento do terceiro trimestre foi muito semelhante ao do segundo. A recuperação da economia continua, mas o ritmo ainda é lento. 

    Publicidade

    Pelo lado da oferta, a agropecuária foi o destaque do terceiro trimestre, com crescimento de 1,3% na comparação com os três meses imediatamente anteriores, mas sua baixa participação do PIB não permitiu efeito de mesma magnitude na expansão da atividade econômica. A indústria cresceu 0,8% na mesma comparação. Já os serviços tiveram expansão de 0,4% – setor que representa cerca e 70% do PIB.

    Publicidade

    Na demanda, sobressaiu o consumo das famílias, o qual se expandiu 0,8% no terceiro trimestre, o que já reflete a expansão da renda real dos trabalhadores e a recuperação do emprego, ainda que modesta. A formação bruta de capital, que contribui para o aumento do potencial de crescimento econômico, se expandiu 2%, um bom sinal. No comércio exterior, reduziu-se a demanda líquida de produtos brasileiros, pois as exportações caíram 2,8%, enquanto as importações continuam reagindo à recuperação da economia e por isso cresceram 2,9%. 

    O quarto trimestre promete ser o melhor do ano, contribuindo para acelerar a taxa de expansão do PIB. Além da taxa de juros mais baixa e da esperada continuidade da recuperação do emprego e da massa real de salários, dois fatores adicionais devem contribuir para um resultado mais positivo no último trimestre. 

    O primeiro deles é a melhora do indicador de incertezas econômicas, que vem sendo reduzido nos últimos dois meses. Isso aumenta o potencial de crescimento da demanda de crédito e, assim, do consumo. Como se sabe, não basta que os juros sejam mais baixos; é preciso que o consumidor esteja mais disposto a tomar crédito e a fazer compras. O segundo é a liberação do FGTS, a qual, ao colocar mais dinheiro nas mãos dos trabalhadores, ajudará na expansão do consumo.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.