No meio do dia, você chega super na hora ao aeroporto e descobre que teu voo foi cancelado.
Vai ao balcão da companhia: funcionário informa, placidamente, sem mexer a sobrancelha, que teu expediente virou de cabeça pra baixo – você vai decolar
1:30 depois do contratado no bilhete.
Tudo pago com antecedência.
“Mas, mas … não pode me alocar em voo de outra empresa?”
“Em outra empresa, só se o atraso for superior
a 4 horas.”
E você que trate de esperar no aeroporto.
Procura-se tomada para carregar celular.
A esta altura, adeus lista de assuntos que, desde cedo, anotei mentalmente pra abordar com você aqui no blog.
Não é a primeira vez que companhia cancela voo.
Ahã, todos sabemos que acontece, no Brasil e no exterior.
Mas precisa ser tão frequente?
A produtividade, os compromissos, o trânsito – tudo compõe o custo Brasil, atrasando a vida da gente e do país.
Isso no momento em que o governo mais reprovado da história volta a anunciar a… privatização da Infraero e vários aeroportos por ela controlados.
Outro factoide, outra bobagem.
Não dá tempo.
Nem de privatizar a Infraero, nem de privatizar a Eletrobrás (oi? empresa que acaba de passar pras mãos do ministro Moreira Franco, que até outro dia era “especialista” em aviação e em licitação de aeroportos).
Quem não lembra que, outro dia mesmo, o presidente Temer desistiu de privatizar justamente Congonhas por pressão do sr. Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão?
Foi a moeda exigida pelo PP para impedir que o Supremo investigasse as acusações sobre os crimes que o Ministério Público acha que Temer cometeu com dinheiro público.
E dá-lhe manchete de privatização.
Desânimo.