Antônio Carlos, 39 anos, e Rodrigo, 47, resolveram arregaçar as mangas neste dia internacional da mulher.
O primeiro, prefeito de Salvador, mais conhecido como ACM Neto, acaba de se tornar presidente do DEM, em convenção nacional do partido em Brasília.
É, de longe, o prefeito com maiores notas de aprovação popular.
O segundo, presidente da Câmara dos Deputados, quer ser candidato a presidente. Hoje, aparece com 1% de intenção de votos nas pesquisas, mas abraçou o discurso que 10 entre 10 brasileiros querem ouvir, o da “nova política”.
Rodrigo Maia está há tempos se articulando com o empresariado.
Trabalhou como doido a favor da reforma da previdência, exatamente como o “mercado” queria e desejava, incluídas aí as agências de risco.
Há pouco tempo, fez palestra no México a convite do banco Santander.
ACM Neto e Rodrigo Maia entram hoje com tudo na disputa pelo eleitorado que gostaria de ter um Estado mais enxuto e menos intervencionista.
O alvo deles são as muitas pessoas que repelem o populismo e andam enojadas com os coronéis que diziam representar a direita, mas se dedicavam mesmo a saquear os cofres públicos, em alianças espúrias com o PT.
Parênteses: o presidente do partido até hoje era o senador Agripino Maia (RN), 72 anos, e réu no processo sobre corrupção nas obras do estádio Arena Nova, em Natal.
O DEM não tem candidato a presidente desde 1989.
A dupla ACM/Maia tem máquina partidária e vai à caça do inédito percentual de (mais de) 30% dos eleitores que se dizem sem candidato.
De cara, já avisaram: só não conversam com o PT.
Um problemão para Geraldo Alckmin e a fatia do PSDB que o apóia.
Com essa eles não contavam.