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Primeiro dia de férias chegou e sua pele tostou!

As queimaduras solares, além de acelerar o processo de envelhecimento da pele, são a principal causa do câncer de pele. Tumor mais comum no Brasil

Por Adilson da Costa
5 fev 2018, 15h17
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  • O “branco escritório” é sinal de que o ano foi muito bom: cheio de trabalho e pouca recreação sob o sol. Por um lado, isso é bom, pois sinaliza que os malefícios das radiações ultravioleta A e B, assim como dos raios infravermelhos A, deram uma trégua no “empurrãozinho” no sentido do processo de envelhecimento da pele. Por outro lado, ele é um perigo para as pessoas afoitas pelos dias de verão intensos dessa época do ano: as queimaduras solares!

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    Se você se expôs de forma vigorosa no primeiro dia de férias e, desconsiderando o alerta do “branco escritório”, ficou todo queimado, não se sinta só, pois não será o único nesse verão. Porém, sinta-se preocupado, pois tais prática, não só podem encerrar seus, talvez, poucos dias de férias de verão, mas pode contribuir, e muito, para o câncer de pele. Sem contar o processo de envelhecimento, que já explorei, de formas diversas, nas minhas colunas ao longo do ano de 2017.

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    O sol e o câncer de pele

    Vamos, então, ater-nos ao câncer de pele. Este pode ser dividido em duas categorias: cânceres de pele não melanoma (como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular) e o melanoma.

    De acordo com as estatísticas americanas, 5,4 milhões de cânceres não melanoma são tratados em 3,3 milhões de pessoas, havendo, anualmente, mais casos e câncer de pele que de mama, próstata, pulmão e cólon. A queratose actínica (lesão áspera, na maioria das vezes esbranquiçadas, dispostas sobre, em casos mais avançados, uma placa avermelhada, geralmente localizadas em áreas expostas ao sol), que afeta 85 milhões de americanos, é a lesão pré-câncer mais frequente. No Brasil esses tumores representam 30% dos tumores malignos registrados no Brasil, estimando-se 175.600 novos casos por ano, sendo 80.850 ocorrendo em homens e 94.910, em mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

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    Em relação ao melanoma, a Skin Cancer Foundation, entidade americana que estuda e concentra dados sobre câncer de pele nos EUA, os números são mais alarmantes. Embora represente menos de 1% dos tumores de pele, o melanoma é o mais letal: a cada 54 minutos, um cidadão morre de melanoma naquele país.

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    Para o ano de 2017, espera-se que 87.110 novos casos de melanoma sejam registrados naquele país, com 9.730 mortes, sendo que a sobrevida dos pacientes diminui à medida que as metástases ocorrem, ou seja, que as células cancerígenas atingem os linfonodos e, ainda pior, quando passam desses e vão para outros órgãos. No Brasil, segundo o Inca, o melanoma representa 3% dos tumores, sendo que, em 2016, foram registrados 5670 novos casos por ano, sendo 3.000 em homens e 2.670 em mulheres. Em 2013, foram registradas 1.547 mortes por melanoma.

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    Mas o que tudo isso tem a ver com as férias de verão? Pois bem: o melanoma tem associação com exposição solar em 86% dos casos e, os não melanoma, em 90% dos casos! Isso mesmo, pasme com esse dado! E o mais alarmante: na média, o risco de uma pessoa desenvolver melanoma duplica se ela teve mais do que cinco queimaduras solares durante a vida.

    Os riscos para ter mais chance de câncer de pele pelo sol

    De um modo geral, os fatores de risco para se desenvolver câncer de pele são: olhos e cabelos claros, pele muito clara e sensível — com sardas, “pintas” e uma doença genética própria, chamada xeroderma pigmentoso –, história prévia de câncer na família ou na própria pessoa, exposição excessiva ao sol e sem uso de fotoprotores, sistema imune debilitado e uso de câmaras de bronzeamento artificial (67% de risco aumentado para se desenvolver carcinoma espinocelular e 29%, para carcinoma basocelular que, em 69% das pessoas pode ocorrer antes dos 40 anos de idade).

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    Como ter um verão com o sol como aliado

    Bom, mas não quero parecer o emissário do mal e destruir suas férias, embora esse assunto mereça bastante atenção. Por isso, vamos aos dados para que você tenha um verão saudável e seguro:

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    Bom espero que essa matéria ajude você a ter um verão mais consciente, com uma pele sã. Fica a dica e até o próximo mês!

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    Adilson Costa

     

    Quem faz Letra de Médico

    Adilson Costa, dermatologista
    Adriana Vilarinho, dermatologista
    Ana Claudia Arantes, geriatra
    Antonio Carlos do Nascimento, endocrinologista
    Antônio Frasson, mastologista
    Artur Timerman, infectologista
    Arthur Cukiert, neurologista
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    Raul Cutait, cirurgião
    Roberto Kalil, cardiologista
    Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
    Salmo Raskin, geneticista
    Sergio Podgaec, ginecologista
    Sergio Simon, oncologista

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