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Ovários policísticos: uma doença muito mais comum do que se imagina

Os sintomas e tratamentos do problema que acomete até 10% das mulheres de diversas idades

Por Marianne Pinotti
Atualizado em 16 jun 2020, 19h00 - Publicado em 16 jun 2020, 11h37
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    Novas terapias elevam chances de sucesso contra tumores no útero.  (Thinkstock/VEJA/VEJA)

    A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma doença de origem genética, atingindo entre 5 e 10% das mulheres brasileiras e caracteriza-se por uma série de sintomas causados por uma alterações hormonais. Os mais comuns são irregularidade menstrual ou ausência de menstruação (amenorréia) e hiperandrogenismo (aumento de hormônios masculinos) que geram acne, queda e oleosidade do cabelo, aumento de pacificação com distribuição masculina. Pode haver cistos e aumento do volume dos ovários, dificuldade para engravidar e alterações no metabolismo dos açúcares, hipotireoidismo e obesidade.

    O diagnóstico é eminentemente clínico, através da observação dos sintomas, laboratorial na dosagem de testosteronas e androstenediona, hormônio luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH), prolactina, glicemia, hemoglobina glicada, insulinemia e TSH (tireóide), as dosagens de colesterol e triglicérides também são importantes. Na ultrassonografia pélvica ou transvaginal podemos encontrar cistos ovarianos e aumento do volume dos ovários.

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    O tratamento baseia-se em hábitos de vida e medicamentos. Posso me arriscar a dizer que se não houver uma conscientização da necessidade de manter o peso, se alimentar corretamente, realizar exercícios físicos pelo menos 3 a 4 vezes na semana, não atingiremos sucesso somente com medicação, pois estes hábitos são muito eficazes no controle dos níveis de androgênios circulantes que quando aumentados podem gerar resistência à insulina e os demais sintomas.

    A terapêutica medicamentosa consiste principalmente no controle dos sintomas, excesso de peso e da resistência a insulina, para isso e o anticoncepcional hormonal oral (pílula anticoncepcional) controla a maioria deles, mas além dela, ou quando a mesma está contraindicada, podemos associar espironolactona, finasterida, ciproterona e flutamina, além da metformina, obrigatória nos casos aonde há resistência à insulina. Algumas vezes são necessários tratamentos dermatológicos para acne e queda de cabelo.

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    Por fim outra questão que aflige mulheres portadoras da síndrome de ovários policísticos é a dificuldade de engravidar, que ocorre em uma porcentagem dos casos por conta da anovulação crônica que a doença produz. Não ovulamos regularmente consequentemente fica mais difícil engravidar. No passado muitas destas mulheres realmente não conseguiam ter filhos… Hoje esta é uma questão superada, com o controle do hiperandrogenismo, sobrepeso e resistência a insulina há uma boa chance da ovulação se regularizar, e, se isso não acontecer, temos ainda indutores de ovulação e tratamentos para infertilidade.

    Em resumo, a Síndrome dos ovários policísticos hoje é muito bem conhecida, e na maioria dos casos de fácil controle. O maior drama enfrentado pelas portadoras no passado era a infertilidade que hoje é questão superada. O importante é quando feito o diagnóstico a paciente se esforce na manutenção de hábitos de vida saudáveis para seu melhor controle!

    Dra. Marianne Pinotti
    A ginecologista, obstetra e mastologista dra. Marianne Pinotti (Heitor Feitosa/VEJA.com)
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