Para garantir um envelhecimento bem-sucedido, as escolhas devem começar durante toda a vida, pois assim não resumiremos nossa passagem em ver o tempo passar. Com certeza, quando jovem, você ouviu conselhos como “evite bebidas alcoólicas”, “pratique atividade física”, “faça um check up”, “não fume”. Todos esses conselhos não eram à toa.
Com o aumento no ritmo de envelhecimento da população brasileira, torna-se fundamental planejar e desenvolver ações de saúde que possam contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos idosos brasileiros. Dentre essas ações, estão as medidas relacionadas a uma alimentação saudável, que devem fazer parte das orientações trabalhadas pelos profissionais de saúde à pessoa idosa e sua família.
Alterações corporais associadas ao envelhecimento
É importante estar atento ao contexto das mudanças que ocorrem no corpo com o avanço da idade e no ambiente em que os idosos vivem, seja ele doméstico ou institucional. Essas alterações podem ter implicações no processo de compra, preparo, consumo e aproveitamento dos alimentos pelo organismo desse grupo de pessoas.
As mudanças que ocorrem no corpo estão relacionadas a alterações na função hormonal, no metabolismo energético, o que afeta a necessidade de nutrientes e na perda de massa muscular (sarcopenia) e força, levando a problemas de equilíbrio, queda e fraturas. A sarcopenia atinge 40% da população acima de 65 anos e 60% dos indivíduos com mais de 80 anos.
Estratégias para reduzir essas alterações
Algumas estratégias como a prática de exercícios físicos, abordagem nutricional e, quando necessária, suplementação, podem diminuir os efeitos da perda muscular. A utilização da suplementação de vitamina D e ômega-3, vem se destacando e mostrando benefícios para a saúde do idoso. Outro ponto dito é a alimentação. Nessa fase, os idosos têm maior resistência em consumir proteínas, que auxiliaria na construção muscular.
O comprometimento progressivo do olfato e paladar, levam os idosos a se desinteressar por doces e salgados. A produção de saliva também é reduzida e aparecem as dificuldades no processo de mastigação e deglutição, que causam impacto significativo na quantidade e qualidade da ingestão do alimento. Além disso, a presença de doenças crônicas pode levar a restrições dietéticas, que associadas ao uso de diversos medicamentos, reduzem o apetite ou interferem na absorção de vitaminas e minerais.
Deficiência de nutrientes
Segundo dados do Inquérito Nacional de Alimentação como parte da POF, em 2008-2009, há uma prevalência de ingestão inadequada de nutrientes na população idosa. Os resultados mostraram prevalências de inadequação das vitaminas E, D, A, piridoxina e dos minerais cálcio e magnésio em ambos os gêneros.
A deficiência de zinco, por exemplo, prejudica o sistema imunológico e facilita o aparecimento de infecções. A perda de paladar também é um sintoma da deficiência, o que dificulta ainda mais a ingestão de alimentos fonte de zinco. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma alimentação saudável deve ser acessível do ponto de vista físico e financeiro, variada, referenciada pela cultura alimentar, harmônica em quantidade e qualidade, naturalmente colorida e segura sanitariamente.
Quem faz Letra de Médico
Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antonio Carlos do Nascimento, endocrinologista
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
Arthur Cukiert, neurologista
Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
David Uip, infectologista
Edson Borges, especialista em reprodução assistida
Fernando Maluf, oncologista
Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
Jardis Volpi, dermatologista
José Alexandre Crippa, psiquiatra
Ludhmila Hajjar, intensivista
Luiz Rohde, psiquiatra
Luiz Kowalski, oncologista
Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
Marianne Pinotti, ginecologista
Mauro Fisberg, pediatra
Miguel Srougi, urologista
Paulo Hoff, oncologista
Paulo Zogaib, medico do esporte
Raul Cutait, cirurgião
Roberto Kalil – cardiologista
Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
Salmo Raskin, geneticista
Sergio Podgaec, ginecologista
Sergio Simon, oncologista