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Da alteração no paladar à perda muscular: os problemas naturais dos idosos que impedem o envelhecimento saudável. Como evitá-los

Rotineiramente, no dia a dia do consultório, ou das visitas aos pacientes internados, deparamos com idosos em condições clínicas que poderiam ter sido evitadas, pelo menos na maior magnitude, se tivessem praticado simples atitudes de prevenção a doenças. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população de idosos, só no Brasil, é formada por […]

Por Daniel Magnoni
Atualizado em 30 jul 2020, 21h08 - Publicado em 8 dez 2016, 12h00
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    Rotineiramente, no dia a dia do consultório, ou das visitas aos pacientes internados, deparamos com idosos em condições clínicas que poderiam ter sido evitadas, pelo menos na maior magnitude, se tivessem praticado simples atitudes de prevenção a doenças.
    Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população de idosos, só no Brasil, é formada por mais de 15 milhões de pessoas, e não para de crescer. Até 2025, seremos o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas. Ao contrário do que muitos possam pensar, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 62,4% deles são responsáveis pelos domicílios, arcando com as despesas financeiras, suporte imobiliário e, sem dúvida nenhuma, com o apoio familiar básico.
    Mais um motivo para ter atenção redobrada com a saúde. Infelizmente, não é o que acontece. Na contramão dessas estatísticas está a constatação da Secretaria de Saúde de São Paulo: mais da metade dos idosos no estado apresenta sobrepeso.

    A constatação objetiva foi o resultado de uma pesquisa que avaliou 5.957 pacientes acima dos 60 anos que passaram por atendimento no Sistema Único de Saúde. Destes, 52% estavam acima do peso. Entre as mulheres o fato é ainda mais grave: são 55,9% acima do peso, contra 44,6% dos homens.
    Esses números podem ser explicados, segundo os pesquisadores, pelo sedentarismo, por problemas hormonais e por má alimentação. Como consequência, esses indivíduos acabam mais vulneráveis a hipertensão arterial, acidente vascular cerebral (AVC), infarto, incapacidade de movimentação, diabetes, entre outros problemas.

    A sarcopenia, muito observada em idosos e visualmente representada por um indivíduo magro, de braços e pernas finas, é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva e generalizada da força e massa muscular, que ocorre em consequência do envelhecimento. Os mecanismos envolvidos no aparecimento e progressão da sarcopenia são multifatoriais, incluindo alterações de níveis hormonais, desnutrição e baixa atividade física durante a vida.

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    Outro problema frequente entre os indivíduos de mais idade, que contribui para os distúrbios alimentares, é a alteração do paladar, que com o passar dos anos fica menos aguçado. Isso faz com que os idosos percam a vontade de se alimentar corretamente, aumentando a carência de determinados nutrientes e vitaminas no organismo e levando à desnutrição.
    Estratégias como ter uma boa higiene oral, evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a conservar a sensibilidade do paladar ao longo dos anos, prolongando a vida com qualidade.

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    Para isso, são também fundamentais a prática regular de atividade física, alimentação saudável e procurar um médico regularmente para avaliações de rotina.
    De forma resumida, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, e outras sociedades médicas, colocam a necessidade de 30 minutos de atividade física por no mínimo cinco dias por semana, diminuição do consumo de sal para níveis próximos de 5 gramas por dia, redução importante do consumo de gordura saturada, a gordura animal, e menor consumo de carboidratos, como pilares para uma redução global da incidência das principais doenças crônicas.

    daniel-magnoni

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