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Afinal, o que comemoramos no Dia Mundial da Obesidade?

As previsões em relação à obesidade estão cada vez mais pessimistas e desanimadoras. A mudança de hábitos é a chave do sucesso no tratamento

Por Claudia Cozer Kalil
6 out 2017, 12h53
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  • As previsões em relação à obesidade estão cada vez mais pessimistas e desanimadoras. No Brasil, a obesidade cresceu 60% em dez anos (2006-2016): passamos de 11,8% para 18,9% a porcentagem de indivíduos com o problema. Segundo o levantamento feito pela Vigitel, uma em cada cinco pessoas no país está acima do peso, e com isso também houve aumento da prevalência de doenças de alta morbidade, como o diabetes (a prevalência foi de 5,5 para 8,9%) e hipertensão arterial (aumento de 22,5 para 25,7%).

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    Nos EUA, entre as crianças de 2 a 15 anos, 12% estão com sobrepeso e 17% obesos e a incidência de diabetes tipo 2 nessa faixa etária aumentou de 6,4/100.000 pessoas (1994-1998) para 33,2/100.000 pessoas 2009-2013. Uma criança obesa tem um risco quatro vezes maior de desenvolver diabetes tipo 2 e um risco aumentado para o desenvolvimento de outras complicações .

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    O que podemos fazer?

    Novas dietas, novas cirurgias, novos medicamentos? Não. Cada vez mais sabemos que a mudança de hábitos é a chave do sucesso no tratamento da obesidade e que para isso ocorra é necessário ensinarmos novos pensamentos, comportamentos e postura em relação à comida.

    Como podemos despertar a reorganização da alimentação e redução da inatividade?

    Nos EUA programas baseados no mindfulness (técnicas de meditação para gerar atenção plena) vêm sendo proposto nas escolas para melhorar a atenção às refeições, assim como o ‘5 2 1 0’, proposto por Cincinnatti que estimula crianças menores de 12 anos e suas famílias, através de educação nutricional, ao aumento do consumo de hortaliças e frutas, refeições completas e nutritivas, aumento da atividade física e cuidado com a qualidade do sono; e o Programa de prevenção New Moves, direcionado a meninas adolescentes, promovendo alimentação saudável, hábitos de atividade física e autoestima em relação à imagem corporal.

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    No Brasil os maiores centros trabalham com mudanças de comportamentos nos âmbitos emocionais, nutricionais e de atividade física. Cada vez mais a interação entre os profissionais de saúde (médicos, nutricionistas, psicólogas e treinadores físicos) e o Estado se faz necessário para colocar em prática as metas de controle do excesso de peso. Todos estão conscientes e concordantes de que para um controle em longo prazo são necessárias ações preventivas e ações que promovam mudança real e sustentável dos comportamentos de saúde.

    No Hospital Sírio Libanês estamos desenvolvendo um Programa de Mudança de Comportamento com foco no desenvolvimento de autonomia alimentar, habilitando os participantes para que aprendam a fazer boas escolhas alimentares baseadas em suas sensações fisiológicas de fome e saciedade e em outras atitudes alimentares que influenciam o consumo alimentar, desmistificando e criando alternativas para as sensações de busca alimentar relacionada à gatilhos sociais e emocionais, auxiliando o reconhecimento corporal, fortalecendo a auto aceitação e identidade corporal, aumentando o nível de atividade física e redução dos comportamentos sedentários, de forma a promover, além da adequação do peso, engajamentos positivos com a comida, atividade física e expressão corporal.

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    Todos esses aspectos serão discutidos num fórum promovido pelo Hospital Sírio-Libanês no próximo dia 10 de outubro, a partir de meio-dia, em comemoração à Semana Mundial da Obesidade, junto com especialistas no assunto. O evento será aberto ao público e com transmissão simultânea pelo Facebook do hospital.

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    Claudia Cozer Kalil
    (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

     

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