O alerta foi dado pelo economista Marcelo Neri, economista da Fundação Getulio Vargas e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA): vem aí uma segunda onda de empobrecimento.
Vai acontecer no ano eleitoral, num cenário de economia estagnada com desemprego recorde, alta inflação e juros recordes.
Neri há décadas estuda os movimentos na base da pirâmide social brasileira. Sua calculadora indica uma queda de 21,5% na renda dos mais pobres desde o início da crise pandêmica.
O IBGE dimensionou esse universo onde a pobreza é aguda: são 53 milhões de pessoas. Compõem um quarto da população e sobrevivem com renda abaixo de R$ 450 por mês. Eles não têm dinheiro no bolso, mas guardam o título de eleitor em casa.