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Por José Casado
Informação e análise
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Sobram enigmas, faltam respostas objetivas na Esplanada dos Ministérios

Resta o silêncio sobre imagens de vigilância não armazenadas por contrato, sequestros de dados, apagão de causa incerta e roubo de urânio enriquecido

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 set 2023, 17h26 - Publicado em 5 set 2023, 09h00

O governo diz não ter imagens gravadas dentro da sede do Ministério da Justiça durante o atentado de 8 de janeiro. Também diz não possuir gravações do Ministério da Defesa sobre uma suposta audiência clandestina de Walter Delgatti Netto, prestador de serviços de espionagem eletrônica, com o ex-ministro Paulo Sergio Nogueira e sua equipe de especialistas em sistema de votação eletrônica.

Nos dois casos alegam-se razões contratuais para a inexistência de armazenamento de gravações em vídeo, o que é paradoxal numa época em que é rotineira a preservação de dados em “nuvem” — coisa banal, tanto no sofisticado sistema financeiro quanto na telefonia celular.

Seriam falhas pontuais, não fosse a extraordinária fragilidade da administração pública federal, estadual e municipal na gestão de informações dos cidadãos e na segurança do patrimônio público.

Ano passado, por exemplo, o Ministério da Saúde ficou virtualmente paralisado durante três semanas por causa de uma invasão na sua rede de computadores. Até hoje não sabe exatamente o que aconteceu e qual a dimensão das perdas de informações armazenadas. Mês passado, publicações especializadas relataram um ataque hacker à Fiocruz, no Rio, com vazamento de 500 gigabytes de dados sobres pesquisas.

Da mesma forma, não se sabe o que efetivamente ocorreu no apagão de energia elétrica de três semanas atrás que deixou 25 estados sem eletricidade.

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Permanece desconhecida, ainda, a origem das falhas de segurança no armazém da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ), que possibilitaram o sumiço – ainda não esclarecido – de pelo menos duas cápsulas com amostras de urânio enriquecido, gás hexafluoreto de urânio (UF6), usado na produção de combustível para as usinas nucleares de Angra dos Reis.

O desaparecimento desse material radioativo só foi percebido em julho. O governo não faz ideia de quando sumiu e, muito menos, quem levou tubos de 8 centímetros com gás UF6.

Coisas estranhas se sucedem nos bastidores de Brasília: imagens de vigilância não armazenadas por contrato; invasões e sequestros de redes de dados; apagão de energia de causa incerta; e roubo de urânio enriquecido dentro de área supostamente de segurança máxima. Sobram enigmas, faltam respostas objetivas na Esplanada dos Ministérios.

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