Recordista em pesquisas, Piauí é um enigma eleitoral
O Estado só tem 1,6% dos eleitores do país, mas teve o maior número de pesquisas registradas nos últimos oito meses — quase o dobro de São Paulo
![CONFIÁVEIS - Urnas eletrônicas: desde a sua implantação, nunca houve um único caso de fraude nas eleições brasileiras -](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/07/TRF-LACRACAO-URANAS-ELEICAO-2018-02.jpg.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A partir de hoje haverá uma tempestade de pesquisas eleitorais. Da última quinta-feira (29) até às 5h30 de ontem (31), foram registradas nada menos que 73 novas pesquisas no Tribunal Superior Eleitoral somente para medir tendências de voto na disputa presidencial. Prevê-se 18 por semana em todo o país, até a véspera da votação.
É recorde a quantidade de pesquisas na praça. Foram 523 nos últimos oito meses para decifrar a cabeça do eleitor em momentos específicos da disputa presidencial — a conta inclui as 73 dos últimos três dias.
![Pesquisas por estado .](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/09/Pesquisas-por-estado.jpg?quality=70&strip=info&w=650)
O protocolo de sondagens no TSE é obrigatório. Nesse mapa chama atenção a liderança do Piauí. O Estado possui 2,5 milhões de eleitores e é um dos menores colégios eleitorais do país (1,6% do total).
No entanto, teve o maior número de pesquisas eleitorais registradas na Justiça Eleitoral: foram 93 nos últimos oito meses. É quase o dobro de São Paulo (43), onde estão 34,6 milhões de eleitores (22,1% do total).
Pelo volume de sondagens — e o financiamento necessário —, o Piauí deve ser o grande enigma da cena eleitoral brasileira.