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Partidos de esquerda defendem empresas privadas contra o Estado

Psol e PCdoB uniram-se ao Solidariedade e pediram ao STF para suspender cerca de R$ 7 bilhões em multas devidas por empresas que confessaram corrupção

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 abr 2023, 09h39 - Publicado em 5 abr 2023, 09h30
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  • Partidos de esquerda aliados do PT e integrantes da base parlamentar do governo Lula resolveram advogar pelos interesses de empresas que confessaram crimes de corrupção nos inquéritos da Operação Lava Jato.

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    Os presidentes do Psol, Juliano Medeiros, do PCdoB, Luciana Santos (ministra da Ciência e Tecnologia), e do Solidariedade, Eurípedes Macedo Júnior, uniram-se numa ação no Supremo Tribunal Federal para suspender e renegociar cerca de R$ 7 bilhões em multas devidas por empresas que confessaram e aceitaram acordos de leniência. Elas já pagaram cerca de R$ 1 bilhão.

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    É uma situação incomum: partidos mantidos com recursos públicos, usando o privilégio constitucional de acesso ao STF, para advogar em defesa de grupos empresariais privados e contra o interesse público.

    Alegam ter havido um suposto “estado de coisas inconstitucional” nos inquéritos, processos e julgamentos, cujas conclusões sobre delinquências foram admitidas pelas próprias empresas, além de referendadas por tribunais — inclusive o Supremo —, órgãos de controle e de fiscalização.

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    Entre os aspectos obscuros da iniciativa do Psol, PCdoB e Solidariedade, está a inexistência de protesto das empresas envolvidas, que não contestaram judicialmente os acordos de leniência que assinaram com o Estado brasileiro e nem as multas pagas parcialmente.

    Dessa forma, paradoxalmente, os três partidos governistas confrontam a política enunciada pelo próprio governo para eliminar privilégios a segmentos privados.

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    Segundo relato feito ontem por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, na contabilidade deste ano ao menos R$ 131 bilhões devem sair dos cofres federais para custear empresas privadas. Equivale a dois terços do investimento público previsto nos programas de transferência a 25 milhões de famílias pobres.

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