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Informação e análise
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Negócio novo e lucrativo na seca: tapar buracos

Em plena seca e pandemia, o país continua a jogar fora um volume de água tratada suficiente para abastecer um terço da população durante um ano.

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h41 - Publicado em 5 jun 2021, 09h00
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  • .Lula e Jair Bolsonaro -
    Linhas de Transmissão de energia  (ABR/VEJA)

    É a maior seca em noventa anos na metade do país onde vivem dois em cada três brasileiros.

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    Começou há seis anos e persiste. Quase não choveu no último verão e não se prevê recuperação pelo menos até outubro, quando termina o período seco típico do outono-inverno.

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    Cidades do Sudeste receberam 400 milímetros de chuva a menos do que o normal nos últimos cinco meses, em meio a uma devastadora epidemia que impõe o uso de água como insumo básico da proteção sanitária.

    Usinas hidrelétricas devem começar novembro com oito represas praticamente vazias.

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    Vinte anos depois de uma grande crise energética, a possibilidade de racionamento de eletricidade voltou às mesas de planejamento das maiores empresas privadas.

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    O verbo “racionar”, porém, não estará no léxico do governo pelo menos neste ano, indica o Ministério das Minas e Energia. O abastecimento de 2021 “está garantido”, confirma o Operador Nacional do Sistema Elétrico.

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    Numa perversa ironia, em plena seca e pandemia, o país continua a jogar fora um volume de água tratada suficiente para abastecer um terço da população (63 milhões de pessoas) durante um ano.

    Nas cem maiores cidades, quase 40% de toda água potável captada não chega às residências. É um desperdício anual equivalente a sete vezes a capacidade de armazenamento das seis represas do Sistema Cantareira, que atende a nove milhões de pessoas na cidade de São Paulo e dez municípios da região metropolitana.

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    Desse volume de água captada, tratada e não aproveitada, a maior parte (60%) tem origem em vazamentos na rede nacional de distribuição — informa estudo do Instituto Trata Brasil, da Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento e da consultoria GO Associados, divulgado pelo portal Plurale, especializado em meio ambiente.

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    No documento demonstram que, na seca ou na chuva, joga-se muito dinheiro fora ao se tolerar o desperdício desse volume de água potável.

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    Uma redução mínima (de 25%) nos vazamentos existentes em encanamentos das redes urbanas possibilitaria um ganho líquido de R$ 27 bilhões num período de quinze anos. Só depende de investimentos das empresas estatais e privadas de saneamento.

    Se há uma boa notícia nessa longa seca, é a confirmação do Brasil como um grande, inexplorado e lucrativo mercado de tapa-buracos.

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