Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Governo tem boas razões para apressar a sucessão de Campos Neto no BC

Seria benéfico se o próximo presidente mudasse o idioma usado pela diretoria, que radicalizou na incapacidade de escrever em português legível

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 ago 2024, 08h00

Lula decide nesta semana se aproveita o reinício das atividades do Congresso, a partir da próxima semana, para indicar o sucessor de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central.

Por lei, pode apresentar um nome até fevereiro de 2025 — o mandato de Campos Neto vai até a quarta-feira pré-carnaval, dia 26. Mas o governo tem alguns bons motivos para antecipar a nomeação.

Um deles é o ciclo legislativo deste segundo semestre, marcado pela temporada de eleições municipais e com pauta de votações congestionada na Câmara e no Senado por temas como orçamento, emendas parlamentares e reforma tributária.

O escolhido para o Banco Central precisa se submeter ao ritual de apresentação, sabatina em comissão e votação no plenário do Senado. No momento, o favorito no Planalto é Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária.

Continua após a publicidade

O governo, aparentemente, adotou a ideia de que precipitar a escolha do sucessor no BC pode mitigar dúvidas sobre o rumo da economia. Sobram incertezas.

Sete em cada dez brasileiros acham que a inflação está em alta há onze meses seguidos, informam diferentes pesquisas recebidas no Palácio do Planalto. Essa percepção predomina entre eleitores de todas as faixas de renda e tem efeitos políticos corrosivos para o governo.

Lula transformou o atual presidente do Banco Central em alvo permanente, responsabilizando-o pelos desequilíbrios na economia por causa da alta taxa de juros (10,5% ao ano). Conseguiu alguma repercussão no eleitorado, atestam as pesquisas.

Continua após a publicidade

Na prática, o efeito é inócuo, porque Campos Neto preside um colegiado onde o governo possui metade dos votos. E as decisões sobre juros têm sido unânimes, entre outras razões, por receio de descontrole da inflação.

No Planalto e no Congresso imagina-se que a celeridade na sucessão do Banco Central possa amainar desconfianças e, eventualmente, ajudar a reverter expectativas sobre a gestão da economia. Se essa avaliação é excessivamente otimista, vai-se descobrir em pouco tempo, seis meses no máximo.

Seria benéfico se o próximo presidente do Banco Central mudasse o idioma usado pela diretoria, que radicalizou na incapacidade de escrever em português legível. Insiste em se comunicar com a sociedade numa língua-código que, talvez, só alguns diretores sejam capazes de decifrar completamente — e só depois de torturar cada sílaba para que confesse o significado da mensagem.

Continua após a publicidade

O último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) é exemplar. Nele há coisas como uma frase de 32 palavras, onde se lê: “Concluiu-se que o processo desinflacionário arrefeceu e que os níveis de inflação corrente acima da meta, em contexto de dinamismo da atividade econômica, tornam a convergência da inflação à meta mais desafiadora”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.