Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Casado
Informação e análise
Continua após publicidade

EUA pressionam Paraguai por finanças do Hezbollah, Hamas e máfias

Governo americano classifica o Paraguai como área-chave no movimento financeiro regional de grupos terroristas e de máfias como PCC e Comando Vermelho

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 nov 2023, 16h17 - Publicado em 1 nov 2023, 08h00

O governo dos Estados Unidos resolveu ampliar ações de vigilância e repressão ao fluxo de financiamento de organizações Hezbollah, Hamas e máfias na América do Sul.

Brendan Boundy, coordenador da seção de Anticorrupção do Departamento de Estado, desembarcou em Assunção nesta terça-feira (31/10). Vai tentar convencer o presidente Santiago Peña a aumentar a cooperação do Paraguai em iniciativas para redução dos canais de lavagem de dinheiro.

Desde os atentados da al-Qaeda em Nova York e Washington, em 2001, o governo americano classifica o Paraguai como área-chave e mapeia o movimento financeiro regional de grupos terroristas e de máfias — entre elas,  PCC e o Comando Vermelho —, que partilham meios, interesses e lucros no contrabando de drogas, armas, munições, cigarros, remédios e produtos eletrônicos.

Em janeiro, por exemplo, o Departamento do Tesouro vinculou o ex-presidente paraguaio Horacio Cartes à lavagem de dinheiro do Hezbollah. Ele é banqueiro e possui fábricas de cigarros em Cidade do Leste, na fronteira com o Brasil e a Argentina. Durante décadas foi sócio do brasileiro Dario Messer, preso em 2017 na Lava Jato por manter uma rede financeira clandestina em meia centena de países a serviço de empreiteiras envolvidas em corrupção na Petrobras .

Continua após a publicidade

EUA e Argentina definem o grupo libanês Hezbollah como terrorista, o Brasil não. Há evidências judiciais da participação do Hezbollah, em parceria com a Guarda Revolucionária do Irã, em dois atentados em Buenos Aires, nos anos 90. Resultaram na morte de 107 pessoas e mais de 500 feridos, com destruição parcial da Embaixada de Israel e demolição completa da sede da associação israelita argentina (AMIA).

O ex-presidente paraguaio suas empresas e familiares foram proibidos de operar no circuito bancário americano e ele recebeu a inusual qualificação de “pessoa significativamente corrupta” em documentos oficiais.

Cartes é o empresário mais rico e o político de maior influência no país. Foi decisivo na eleição do atual presidente, Santiago Peña, economista, que tem se esforçado para aparentar equidistância sem comprometer o apoio do Partido Colorado, dominante no Paraguai há 136 anos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.