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Informação e análise
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Em São Paulo, governo e oposição esqueceram do povo

Tumulto provocado na vida dos moradores de São Paulo, nesta terça-feira (3/10), é evidência da exaustão de um modo de fazer política

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 out 2023, 09h00

O tumulto provocado na vida dos moradores de São Paulo, nesta terça-feira (3/10), é evidência da exaustão de um modo de fazer política.

Todos perderam, porque os governos estadual e municipal, a oposição, os partidos, os sindicatos e também o Judiciário foram exuberantes na incompetência para resolver um conflito de teses sobre a permanência do Estado no controle de serviços públicos essenciais, como  transportes e saneamento.

Juntos, conduziram a cidade ao caos, numa reprise de jogo de político mofado, cujo epílogo é sempre o mesmo: a população fica refém, com seus direitos básicos atropelados, e os mais pobres, mais dependentes dos serviços estatais, chegam ao final do dia muito mais prejudicados.

À distância das filas intermináveis nos pontos de ônibus, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) repetia-se: “Ano que vem vamos ter eleições e está muito clara a motivação deles [Psol, PT, PCdoB e sindicatos satélites]. Como vamos ter um prefeito que não dialoga com o governo?”

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, ecoou: “Esse é o Psol, o partido do caos”.

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O Psol controla parte do aparato sindical dos metroviários, cuja presidente, Camila Lisboa, derramou eloquência: “Essa greve tem uma motivação trabalhista também. Mas não só.”

Sujeito oculto da balbúrdia política, Guilherme Boulos, candidato do Psol à prefeitura paulistana, estava a 1,5 mil quilômetros da agonia dos eleitores. Participava de votações no plenário refrigerado da Câmara, em Brasília.

Prisioneiros em seus labirintos político-eleitorais, Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes, Camila Lisboa e Guilherme Boulos atravessaram o dia decretando as respectivas vitórias. Pareciam zumbis do mundo do Conde de Gobineau, diplomata francês que serviu no Rio no século XIX. Ele achava que o Brasil não passava de uma abstração política — um país sem povo.

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