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Bolsonaro precipita crise e atrai deputados do União Brasil

Ele convenceu descontentes a apoiá-lo e atropelou a cúpula, que negocia fusão com o PP para compor o maior partido no Congresso

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 out 2022, 09h31 - Publicado em 6 out 2022, 09h00
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  • Jair Bolsonaro convidou deputados do União Brasil para uma reunião hoje. Seria natural um encontro de presidente-candidato, na campanha de segundo turno eleitoral, com a bancada de um partido que inflou nas urnas, passando de 51 para 59 votos no plenário da Câmara. Não é bem assim.

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    Bolsonaro precipitou uma rachadura no União Brasil. Conseguiu o apoio da maior parte da bancada atropelando os líderes, o deputado pernambucano Luciano Bivar, reeleito, e o ex-prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, que disputa o governo da Bahia contra o PT, hegemônico no poder local há década e meia.

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    Para Bivar e ACM Neto seria preferível a neutralidade ou adiar o máximo possível uma decisão coordenada sobre apoio a um candidato no segundo turno.

    Bolsonaro acelerou a crise a partir de conversas individuais com deputados que já estavam insatisfeitos com a gerência do união Brasil na campanha: o partido recebeu cerca de 1 bilhão do fundo eleitoral, porém discrepâncias na distribuição do dinheiro provocaram choques internos.

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    A reunião prevista é para declaração de apoio a Bolsonaro. Ela marca o distanciamento entre a maioria da bancada, composta por 8 deputados eleitos e 51 reeleitos, e a cúpula do partido.

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    Apesar das relutâncias, o União Brasil já estava na órbita do governo. Bivar e ACM Neto avançaram nas negociações para fusão com o Partido Progressistas, liderado por Arthur Lira, presidente da Câmara, e Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil de Bolsonaro.

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    A expectativa é de anúncio dessa aliança antes do segundo turno, e formalização na Justiça Eleitoral até fevereiro. Se realmente for efetivada, produzirá o maior partido do Congresso, dono de 106 votos (21% do total) no plenário da Câmara e 18 (22%) no Senado.

    A fusão interessa ao PP de Lira e Nogueira, que perdeu espaço de poder na Câmara: saiu da eleição com 11 deputados a menos — a bancada de 58 ficou reduzida a 47. União Brasil, ao contrário, aumentou em oito — de 51 para 59 deputados.

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    O PP possui uma estrutura burocrática consolidada, o União Brasil tem bancada inflada. Juntos, seriam decisivos em votações na Câmara e no Senado, não importa quem seja eleito presidente no próximo dia 30.

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