Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Bolsonaro perde fôlego e só tem 25 dias para avançar contra Lula

Ele não supera muro dos pobres e das mulheres e há sinais de declínio no Sudeste, mas o governo aposta em recuperação antes de outra eleição, a do 2º turno

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 set 2022, 08h56 - Publicado em 6 set 2022, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Falta menos de um mês e cada hora é decisiva para Jair Bolsonaro. Ele corre atrás de Lula, em segundo lugar nas pesquisas, distante cerca de treze pontos.

    Lula bateu no teto há meses e se mantém estável no patamar de 44%. Bolsonaro oscila na faixa dos 31%. Até agora, não conseguiu avançar entre os pobres e as mulheres. E, dá sinais de perda de fôlego no Sudeste, região onde se concentram quatro de cada dez eleitores.

    O governo, no entanto, mantém a esperança de avanço próximas três semanas, com uma alguma redução na preferência pelo adversário. No Palácio do Planalto, o sonho é o do empate com Lula, antes do primeiro turno.

    .
    (./VEJA)

    A premissa é a de que, salvo um acontecimento extraordinário – um grande erro na perda do controle sobre os comícios de amanhã, por exemplo —, a eleição deve ir para o segundo turno. Aí, será um outro jogo.

    A expectativa é de progresso do candidato à reeleição a partir da melhoria na avaliação do governo. Ou seja, espera-se que nessa reta final da campanha a percepção dos eleitores sobre as condições da economia evolua de forma positiva, e ajude a impulsionar a candidatura de Bolsonaro em três pontos percentuais a cada semana, no mínimo.

    .

    Continua após a publicidade

    É possível, mas o cenário é difícil. O histórico dos últimos cinco meses indica reação, com gradual melhoria na avaliação do governo. O problema está no ritmo (média de 1,5 ponto percentual ao mês) muito abaixo da necessidade do candidato antes do primeiro turno.

    Sem mudança nesse quadro, o risco é o candidato chegar ao segundo turno em condições frágeis que possam induzir a uma debandada dos aliados.

    O governo, porém, acha realista apostar numa melhoria da percepção coletiva sobre o comportamento da economia. Ajudaria a encurtar a distância que separa Bolsonaro de Lula, antes da primeira rodada nas urnas.

    Para tanto, imagina-se focar a campanha no estímulo aos eleitores para as mudanças nas perspectivas econômicas individuais e familiares que já estariam ocorrendo. Pelos dados oficiais, argumenta-se, está em queda a inflação dos combustíveis e dos alimentos.

    Listam-se ainda a relativa recuperação do poder de compra, aumento gradual na criação de empregos formais e em atividades informais. Além do acréscimo dos subsídios estatais aos pobres, como o Auxílio Brasil de R$ 600.

    .
    (./VEJA)

    A maior dificuldade de Bolsonaro, segundo as pesquisas, é ultrapassar o muro social erguido entre o candidato e 44% do eleitorado. Depois de três anos e meio de governo, ele não consegue se comunicar com o contingente de eleitores mais pobres, cuja renda mensal vai até dois salários mínimos (R$ 2,2 mil).

    Nesse estrato ele perde por larga vantagem para Lula. Na média, a diferença atual é de 30 pontos percentuais. Causa provável é o desleixo na política social, aferível na incúria durante a pandemia, na desvalorização contínua do salário mínimo ou no recém-apresentado orçamento para 2023 com cortes de mais de até 90% no financiamento de programas direcionados à população mais pobre.

    Uma das atuais prioridades do marketing governista é emoldurar a imagem de Bolsonaro como autor de transformações na rotina das pessoas. Agora, passou a ser apresentado como criador do Pix, o sistema gratuito serviços financeiros.

    Na propaganda eleitoral não importa o fato, o que vale é a versão editada da realidade. O Pix começou a ser desenvolvido no governo Michel Temer, confirma a portaria (número 97.909) estampada no Diário Oficial da União da quarta-feira 3 de maio de 2018 — cinco meses antes de Bolsonaro vencer a eleição presidencial.

    Faltam apenas 25 dias para a votação. É eternidade para um presidente à caça de votos para se reeleger num país onde, a cada pesquisa, metade dos eleitores repetem: não votariam nele “de jeito nenhum”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.