Aumenta oposição à anistia ou redução da prisão de Bolsonaro
Mais da metade (52%) dos eleitores diz ter certeza de que foi feita justiça na condenação do ex-presidente e associados por tentativa de golpe de estado

Aumentou a oposição dos eleitores a uma anistia para Jair Bolsonaro e associados condenados por tentativa de golpe de estado, e, também, para quem foi penalizado pelas invasões do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro de 2023.
Um mês atrás eram 41% os eleitores que se declaravam contra a possibilidade de uma anistia. Subiu para 47%, mostra pesquisa Quaest/Genial com 2.004 entrevistas realizadas entre quinta-feira e o último domingo. A ideia de anistia para favorecer Bolsonaro teve vida breve no Congresso porque foi vetada pelo eleitorado.

O vigor da reação pública, captado na sondagem, tem surpreendido os parlamentares de extrema-direita aglutinados por Bolsonaro no Partido Liberal. Na terça-feira, por exemplo, eles não conseguiram juntar três mil pessoas para um comício a favor da anistia na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
No tribunal da opinião pública, mais da metade (52%) dos eleitores diz ter certeza de que foi feita justiça na condenação de Bolsonaro e associados por crimes contra a Constituição, entre eles, tentativa de golpe de estado.

É esse juízo sobre o mérito da punição, percebida como adequada, que sustenta o veto à ideia de anistia e, também, a uma proposta alternativa de mudança na legislação para reduzir as penas impostas em julgamento no Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro acabou sentenciado a 27 anos e três meses de prisão. Por razões políticas, deverá ficar em prisão domiciliar. O STF estabeleceu o precedente, no primeiro semestre, ao confirmar a condenação do ex-presidente Fernando Collor a oito anos e dez meses de cadeia por corrupção.