O período é de chuvas na Amazônia, mas ações de desmatamento estão sendo deliberadamente antecipadas em algumas áreas da Amazônia, principalmente no Sul do Pará.
É “ação criminosa”, confirma Marina Silva, ministra do Meio Ambiente: “Estão desmatando mesmo no período chuvoso. Estamos identificando todos. É uma espécie de revanche às ações [repressivas] que já estão sendo tomadas.”
Neste fevereiro, o desmate avançou mais rapidamente no Mato Grosso (129 quilômetros quadrados), no Pará (34) e no Amazonas (23).
O governo tem motivos para interpretar como sabotagem, ou revanche política, pelo menos uma parte dessa antecipação do desmatamento.
Há indícios de iniciativas coordenadas e estimuladas por líderes ruralistas, cujos negócios na exploração ilegal de terras públicas foram privilegiados na administração Jair Bolsonaro e, agora, têm perspectiva de redução de lucros.
A resistência floresce em regiões como o Sul do Pará, onde é rarefeita a presença do Estado. Evidências de desafio ao governo têm proliferado nas redes sociais.