Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Adeus, impeachment — parte II, por Arthur Lira

O candidato Bolsonaro completou ontem 2,5 anos de mandato com 122 pedidos de impeachment. O presidente da Câmara, avisa que vai matar todos eles no peito

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 jul 2021, 10h00 - Publicado em 1 jul 2021, 09h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Jair Bolsonaro completou ontem dois anos e meio de mandato com um recorde de 122 pedidos de impeachment e três dificuldades crescentes para sua candidatura à reeleição: inflação, desemprego e suspeitas de corrupção no governo.

    A inflação está corroendo o bolso do eleitorado pobre: em 12 das 27 capitais, é preciso gastar mais da metade de um salário mínimo líquido — ou seja, depois de descontados os tributos— para se comprar uma cesta básica de alimentos.

    Essa despesa já ultrapassa 60% para quem vive em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Vitória, segundo a pesquisa recém-divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese).

    —
    (-/.)

    Nessas cidades, um assalariado precisou trabalhar 125 horas no mês de maio somente para garantir comida em casa. A jornada pela cesta básica ficou cerca de 15% mais longa em relação a 12 meses atrás.

    Em São Paulo e no Rio, dois dos maiores colégios eleitorais do país, os preços subiram 13% em um ano. Fora dessa conta está o gás de cozinha, que aumentou 4,3% nas últimas quatro semanas. O botijão de 13 kg já é vendido a R$ 130 na região Centro-Oeste.

    Continua após a publicidade

    O desemprego urbano também avança. Eram 14,8 milhões de pessoas à espera de trabalho em abril, informou o IBGE ontem. A fila aumentou, com mais 489 mil pessoas sem emprego entre fevereiro e abril.

    A crítica situação da maioria do eleitorado, cujas perspectivas estão limitadas pela escassez de vacina contra a Covid-19, explica boa parte das dificuldades do presidente nas pesquisas de avaliação de governo e do candidato à reeleição nas sondagens de intenção de voto.

    —
    (-/.)

    No curto prazo, o cenário não é favorável a Bolsonaro. A corrosão no bolso dos eleitores tende a se agravar com o petróleo e derivados em alta, e a conta de luz também, por causa da seca nos reservatórios das hidrelétricas.

    Continua após a publicidade

    Ao mesmo tempo, proliferam suspeitas de corrupção na Saúde, em meio a uma pandemia com mais de 518 mil mortes confirmadas até a noite de ontem. A CPI vai até agosto, com possibilidade de prorrogação a novembro.

    Os pedidos de impeachment se acumulam. Mas, por enquanto, o presidente da Câmara, se mostra disposto a matar todos eles no peito.

    Quando chegaram à marca de 111, no último 27 de abril, o deputado Arthur Lira (PP-AL) anunciou aos deputados no plenário: “Os pedidos de impeachment, em 100% e não 95%, em 100% dos que já analisei, são inúteis para o que entraram e para o que solicitaram.”

    Ontem apareceu o 122º, consolidando os anteriores numa lista de duas dezenas de acusações de crime de responsabilidade.

    Continua após a publicidade

    + ‘Superpedido’ de impeachment amplia lista de crimes, mas não a de adesões

    O presidente da Câmara, que tem o poder monocrático da decisão, criticou: “Impeachment como ação política a gente não faz com discurso, a gente faz com materialidade, que por enquanto ainda não se comprovou.”

    Na sequência indicou um calendário possível para dar resposta, com uma dose de ironia: “Vamos esperar a CPI, que está fazendo um belíssimo trabalho, bem imparcial.”

    Pouco depois, antecipou o veredito: “Sem novidade nenhuma [o pedido]”, disse ao repórter Rafael Di Cunto, do Valor, justificando a rejeição.

    Continua após a publicidade

    Foi a segunda cerimônia de adeus ao impeachment anunciada por Lira em nove semanas.

    A primeira, em abril, coincidiu com a autorização presidencial para um gasto recorde (R$ 21,5 bilhões) com obras e outras despesas de interesse dos líderes do Centrão, comandado por Lira.

    Ainda não se sabe como Bolsonaro pretende renovar a gratidão.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.