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Mente Criminosa

Desperdício de Kevin Costner é pecado Mais lidas1Brasil A gafe de Ana Maria Braga com Buba, personagem trans de ‘Renascer’2Brasil Entenda vistoria no imóvel ocupado por ex-funcionária de Paula Lavigne3Brasil Anne Lottermann explica saída da Globo, fala de Faustão e o luto do marido4Brasil A indenização de Marcos Mion em processo por uso irregular de […]

Por Isabela Boscov Atualizado em 30 jul 2020, 22h59 - Publicado em 16 abr 2016, 15h00
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  • Desperdício de Kevin Costner é pecado

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    Ryan Reynolds é um agente da CIA em Londres e está falando ao celular com sua mulher quando percebe estar sendo perseguido – o que, neste tipo de filme, significa que em cinco minutos, no máximo, a mulher será uma viúva, e que Reynolds terá pegado seu cheque (como ele iria saber que Deadpool ia faturar tanto que nem precisaria desse bico?) e se mandado, deixando um tremendo abacaxi para Kevin Costner descascar, com a ajuda meio aturdida de Gal Gadot, Gary Oldman e Tommy Lee Jones.

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    Costner, aqui tem um daqueles nomes inventados de personagem de filme do Luc Besson – Jericho Stewart –, e é um psicopata e sociopata rematado, que mete medo até nos guardas do corredor da morte. Mas quem dera este fosse mesmo um filme de Besson: como em Lucy, que dirigiu, ou em 3 Dias para Matar, que ele produziu e Costner estrelou, Besson certamente teria tratado o absurdismo de Mente Criminosa com o humor e o atrevimento que ele exige – e não com a mão pesada e a falta de imaginação e de ironia do diretor Ariel Vromen. A saber: como explica um cientista (que Tommy Lee Jones interpreta com o ar arrependido de quem assinou o contrato sem ler), Jericho tem uma curiosa atrofia no córtex cerebral que o torna o candidato ideal no qual implantar as memórias do recém-assassinado Reynolds. Se a transferência der certo, pronto: Gary Oldman, o chefe da CIA em Londres, ficará sabendo onde Reynolds escondeu o hacker “O Holandês” (Michael Pitt) antes que um transtornado terrorista espanhol (Jordí Mollà) ponha as mãos nele.

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    O pen-drive com um programa de destruição mundial, o hacker e o terrorista compõem juntos aquilo que Alfred Hitchcock designava como um “MacGuffin”: um artifício que empurra os protagonistas e antagonistas no tabuleiro do enredo, mas ao qual não se deve dedicar muita atenção nem explicação. Ariel Vromen, porém, confunde a árvore com a floresta: tem na mão Kevin Costner, experimentando pela primeira vez na vida os sentimentos de que sua atrofia cerebral o privara e atrapalhando-se todo com a coisa (principalmente porque, bem, ele ainda é um psicopata), mas insiste em perseguir seu MacGuffin, para o qual ninguém dá a mínima. Vromen dirigiu um filme até interessante, embora também pesadão – O Homem de Gelo, com Michael Shannon. Mas aqui desperdiça matéria-prima de primeira: o Costner tranquilão e relax da meia-idade, que aprendeu a se divertir com pouco e a carregar nas costas, com raça e graça, até bobagens como esta aqui.


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    MENTE CRIMINOSA
    (Criminal)
    Inglaterra/Estados Unidos, 2016
    Direção: Ariel Vromen
    Com Kevin Costner, Kevin Reynolds, Gal Gadot, Gary Oldman, Tommy Lee Jones, Michael Pitt, Jordí Mollà, Antje Traue, Amaury Nolasco
    Distribuição: Califórnia

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