Criados para dar suporte às bancadas no Congresso, os gabinetes das “Lideranças” têm direito a reembolsar gastos com material de escritório, assessoria técnica e de imprensa e até custear eventuais bilhetes aéreos, por exemplo. Uma prática utilizada por alguns partidos é usar essas verbas para pagar serviço de buffet, com sanduíches, café e sucos durante as reuniões da bancada, especialmente nas longas jornadas de votações, que se estendem pela madrugada. Há casos, contudo, em que o “lanche” sai a preço de banquete.
A Liderança do PT desembolsou 209 000 reais em alimentação desde o início do mandato — de um total de mais de 761 000 reais, disparado o maior valor entre todas as bancadas. Há notas fiscais que somam, num único mês e para um único estabelecimento, quase 20 000 reais — por exemplo, em agosto deste ano, para “Antonio Girotto Borges”.
O gabinete de apoio do PSDB pagou 154 400 reais em comes e bebes — de um total de gastos gerais de 332 572 reais. Outras legendas que detêm bancadas importantes, como PMDB, PP, PR e DEM, não lançaram nenhuma despesa.