Depois de soltar fumaça contra Sérgio Moro por conta da condução coercitiva de Lula, o ministro do STF Marco Aurélio Mello agora solta fumaça contra a Câmara dos Deputados pelo questionamento relativo à decisão da Corte sobre o rito de impeachment.
“Não concebo que o STF tenha lançado um pronunciamento obscuro, contraditório e omisso”, disse o ministro ao Jota, ao entrar no plenário do Supremo para a entrega do prêmio Bertha Luz.
A recusa em admitir aquilo que já está provado em prosa e vídeo é mais um insulto à inteligência alheia.
Mello se faz de sonso com a suprema vaidade de colocar o STF no pedestal do infalível.
Mas repito:
O ministro admitiu a premissa de Luís Roberto “Minha Posição” Barroso de que a Corte deveria seguir o rito adotado no caso Collor, mas ignorou o fato de que em 1992 a votação secreta para a comissão especial do impeachment estava prevista caso os deputados quisessem formar uma chapa avulsa, como demonstram os autos das sessões da Câmara em que o assunto foi discutido na ocasião.
Vá ler os embargos, ministro!
Vá ler os autos do caso Collor (aquele seu primo que o indicou ao STF)!
Vá assistir à omissão de Barroso na sessão plenária durante a leitura do inciso III do artigo 188 do regimento da Câmara!
Vá entender a omissão de Barroso no uso do artigo 33 do regimento, que se refere a comissões específicas que não a do impeachment!
Vá tomar a vergonha que lhe tem faltado, Marco Aurélio Mello!
Os senhores deram um golpe contra o Poder Legislativo e ele já foi desmascarado.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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