Tuitadas sobre a notícia “Bolsonaro vira réu no STF por dizer que não estupraria deputada ‘porque ela não merece’“:
– STF fez homem que defende castração química de estuprador virar réu por “apologia do estupro” a mulher que trata bandido como vítima. Piada.
– Entre deboche grosseiro e incitação ao crime, há uma distância imensa que só militantes e ministros do STF encurtam para afetar bom-mocismo.
– Ao Zero Hora, Jair Bolsonaro ainda havia dito: “Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque [Maria do Rosário] não merece”.
– Transformar em apologia a recusa de praticar crime contra alguém na hipótese descartada de ser um criminoso é puro contorcionismo militante.
– Na frase “Se eu fosse um assassino, não mataria Fulano porque ele não merece”: eu, segundo o STF, seria um apologista do assassinato? Podre.
– Na frase “Se eu fosse assaltante, não assaltaria Beltrano porque ele não merece”: eu, segundo o STF, seria um apologista do assalto? Podre.
– Na campanha “Eu não mereço ser estuprada”, todas as mulheres que exibiram os cartazes são apologistas do estupro, segundo o STF? Podre.
– Barroso: “A incivilidade e a grosseria não são formas naturais de viver a vida.” Tampouco são necessariamente crimes.
– Rosário foi incivilizada e grosseira ao xingar Bolsonaro de “estuprador”. Fazê-lo réu por reagir com deboche não é forma natural de Justiça.
– Barroso: “Ninguém pode se escudar na imunidade para chamar alguém de nego safado, de gay pervertido.” Para chamar de “estuprador”, pode?
– Xingamento de Rosário está bem mais próximo da injúria que reação de Bolsonaro, mas Barroso faz analogias descabidas para torná-la mais grave.
– Jandira Feghali (PCdoB-RJ) vincula Aécio Neves a helicóptero com cocaína e celebra vandalismo contra bonecos infláveis anti-PT. “Imunidade”?
– Luiz Fux: “A violência sexual é um processo consciente de intimidação pelo qual as mulheres são mantidas em estado de medo”. Bolsonaro RECUSOU violência.
– Brasil está tão de cabeça pra baixo que Marco Aurélio Mello foi a única voz da razão no STF sobre frase de Bolsonaro: “arroubo de retórica”.
– “Lastimável o STF perder tempo apreciando tal situação jurídica”, disse Marco Aurélio. Na verdade, STF ignorou os fatos e só apreciou a histeria.
– A criminalização do deboche, seja ele sutil ou grosseiro, é um exemplo de como o politicamente correto embota o senso de justiça.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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