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PT quer acobertar crimes do petrolão na CGU. Jurista e procuradores repudiam o golpe

[Aviso: Minha internet segue instável, mas não há de me calar.] Acobertar os crimes cometidos pelo PT na Petrobras é o objetivo dos acordos de leniência entre as empreiteiras envolvidas no petrolão e a Controladoria-Geral da União (CGU), deixando de lado o Ministério Público Federal. Já expliquei até em vídeo esse golpe petista contra as investigações da […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 01h47 - Publicado em 24 mar 2015, 13h44
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  • alx_cgu-2015-brasilia-02-ale_original[Aviso: Minha internet segue instável, mas não há de me calar.]

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    Acobertar os crimes cometidos pelo PT na Petrobras é o objetivo dos acordos de leniência entre as empreiteiras envolvidas no petrolão e a Controladoria-Geral da União (CGU), deixando de lado o Ministério Público Federal. Já expliquei até em vídeo esse golpe petista contra as investigações da Operação Lava Jato. Agora reúno depoimentos de jurista e procuradores que o repudiam, para facilitar a vida da oposição, que deveria estar fazendo de tudo para impedi-lo.

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    Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União:

    “O crime está organizado, então o Estado tem que se organizar, as instituições têm de funcionar de forma harmônica. Quando há uma investigação por um órgão que detém autonomia e independência, como é o Ministério Público Federal, com informações sigilosas que só ele detém no momento, só ele pode celebrar o acordo de leniência.”

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    “Se for possível às empresas envolvidas em corrupção escolher com qual órgão elas vão celebrar acordos de leniência, evidentemente elas vão atuar como se estivessem em um leilão, escolhendo o acordo que lhes ofereça as melhores condições, novamente em prejuízo do interesse público de por fim à corrupção.”

    “Não tem cabimento que, no curso de uma investigação conduzida pelo MPF, possa outro órgão qualquer, sem a mesma independência e autonomia, sem o mesmo largo espectro de atuação atravessar a investigação.”

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    “É preciso que se pare com a falácia de que se as empresas não fizerem acordo de leniência com a CGU e forem punidas, o Brasil vai parar, todas vão desaparecer, milhares de pessoas vão perder seus empregos. Isso é apenas terrorismo e chantagem. O que se espera que pare de funcionar efetivamente é o propinoduto alimentado por essas empresas para o enriquecimento ilícito de agentes públicos e o financiamento inadequado de partidos e campanhas políticas.”

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    “Quem defende que apenas os executivos das empresas sejam punidos e que as empresas não devam ser punidas, faz apologia à impunidade.”

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    Rodrigo Janot, procurador-geral da República:

    “…a maior preocupação deve ser com as consequências econômicas e sociais da corrupção praticada e em desenvolvimento… quanto menor a corrupção na sociedade, melhores são as condições para o desenvolvimento econômico e social.”

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    Modesto Carvalhosa, jurista:

    “[O decreto que “regulamenta” a Lei Anticorrupção é] um monstrengo que visa, sob todas as formas possíveis, a promover a anistia ampla, geral e irrestrita das empreiteiras e fornecedoras envolvidas na Operação Lava Jato, procurando mesmo imunizá-las a qualquer outra conduta corruptiva que tenham praticado fora do âmbito da Petrobras e ainda não reveladas.”

    “Assim, o atual governo, na esteira dos três últimos que o precederam, demonstra que no Brasil ainda impera a república das empreiteiras, embora estas já estejam muito combalidas, em decorrência da firme atuação da Polícia Federal, do Ministério Público, da Justiça Federal, do STJ e do STF.”

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    “Outro aspecto absurdo do “regulamento presidencial” é a tentativa de alijamento do Ministério Púbico das iniciativas de responsabilizar judicialmente as empresas corruptas, buscando outorgar essa competência de propositura de ação civil pública de reparação de danos a órgãos jurídicos da própria administração federal. Essa tentativa é risível.”

    Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da Operação Lava Jato:

    “Agora, eu acho que a solução pretendida pela CGU… premia injustamente o acionista, o dono dessa empresa. Porque ele se beneficiou de um esquema e vai ser salvo. Então desapropria essa empresa, pega o dinheiro, coloca num fundo para devolver para a Petrobras e privatiza a empresa em capital aberto. Porque você salva a empresa e não premia o executivo.”

    Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil

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