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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Por que o capitalismo funciona – um post com vídeos, transcrições e resumos para você educar de vez os amigos

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 2 dez 2016, 15h55 - Publicado em 13 mar 2014, 17h14

Traduzo a apresentação e o conteúdo do excelente vídeo educativo “Why Capitalism Works” da Prager University, que tem feito um trabalho primoroso de produção de cursos audiovisuais compactos para a internet – como, infelizmente, nunca se viu no Brasil (alô, empresários!, vamos colaborar!) -, e acrescento outras indicações basilares sobre o assunto. Mandem o link deste post para todos os amigos que repetem aquelas bobagens esquerdistas que aprenderam por aí.

1.

As representações culturais do capitalismo são quase todas negativas. Tem o cara do Monopoly [o jogo “Banco Imobiliário”, na versão original americana] com a cartola e o charuto. Tem Gordon Gekko [personagem do filme “Wall Street – Poder e Cobiça”, de 1987, do diretor esquerdista Oliver Stone] dizendo: “A ganância é boa”. E, mais recentemente, há o hedonismo do “Lobo de Wall Street“. A mensagem é clara: o capitalismo é egoísta. Socialismo, ou algo parecido, é altruísta. Contudo, o oposto é verdadeiro. O renomado crítico social George Gilder oferece esta visão surpreendente: o capitalismo, em sua essência, é a primeira expressão de altruísmo, ou seja, de dar. O empresário só pode ter sucesso ao satisfazer a necessidade do cliente. É por isso que o capitalismo, e só o capitalismo, pode criar a prosperidade que todas as sociedades anseiam e por que todas as outras receitas econômicas estão condenadas ao fracasso.

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No one disputes that all economic systems reflect the intrinsic self-concern of human beings. But only capitalism creates a group of people, known as entrepreneurs, who have no choice but to concern themselves with the needs and desires of others. These others are . . . their customers.

Ninguém contesta que todos os sistemas econômicos refletem o autointeresse intrínseco dos seres humanos. Mas só o capitalismo cria um grupo de pessoas, conhecidas como empreendedores, que não têm escolha a não ser se preocupar com as necessidades e desejos dos outros. Esses outros são… seus clientes.

Few economists, however, actually study the behavior of these entrepreneurs, the creative leaders of capitalist businesses. If they did, they would discover that entrepreneurs by the very nature of what they do must shun greed.

Poucos economistas, no entanto, realmente estudam o comportamento desses empreendedores, os líderes criativos de empresas capitalistas. Se o fizessem, descobririam que os empreendedores, pela própria natureza do que eles fazem, tem de evitar a ganância.

First and foremost, responding to others is the very opposite of greed.

Em primeiro lugar, responder aos outros é o oposto da ganância.

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Second, greed, in the economic sphere, is normally expressed as the immediate consumption of goods and services. I grab what I can without regard for others. But entrepreneurs must begin by saving, which is defined as forgoing consumption to achieve long-term goals. Often it takes months, sometimes many years to bring a new product or service to market.

Em segundo lugar, a ganância, na esfera econômica, é normalmente expressa como o consumo imediato de bens e serviços. Eu pego o que eu posso sem me preocupar com os outros. Mas os empreendedores devem começar pela poupança, o que é definido como a renúncia do consumo para atingir as metas de longo prazo. Muitas vezes leva meses, às vezes muitos anos para trazer um novo produto ou serviço para o mercado.

Furthermore, entrepreneurs must collaborate with others, building teams to achieve their aims. In designing their goods and services, they must – once again – focus not on their own needs but on the needs of others. This, too, is the opposite of greed.

Além disso, os empreendedores devem colaborar com outras pessoas, com equipes de construção para atingir seus objetivos. Na concepção de seus bens e serviços, devem – mais uma vez – não se concentrar em suas próprias necessidades, mas nas necessidades dos outros. Isto, também, é o oposto da ganância.

So, what entrepreneurs do when they seek profit is far more than self-interest. Rather, profit is a measure of how well a company has served others. Under capitalism, a business prospers only if customers voluntarily trade for its output.

Então, o que os empreendedores fazem quando procuram o lucro é muito mais do que auto-interesse. Em vez disso, o lucro é uma medida de quão bem a empresa tem servido os outros. Sob o capitalismo, um negócio prospera apenas se os clientes trocam voluntariamente pelo seu produto.

And it’s only by improving its service to others that a business can thrive and grow. If the entrepreneur pursues his own interests first and his customers’ interests second, his business will fail. And sooner or later an altruistic entrepreneur will surpass him.

E é apenas por melhorar o seu serviço aos outros que uma empresa pode prosperar e crescer. Se o empreendedor persegue seus próprios interesses em primeiro lugar e os interesses dos seus clientes em segundo lugar, seu negócio irá falhar. E, mais cedo ou mais tarde, um empreendedor altruísta irá superá-lo.

Capitalism at its essence, then, is a competition of giving. Of course, self-interest is involved. But the genius of capitalism, and only capitalism, is that it channels self-interest into altruism. Entrepreneurs can only help themselves by helping others.

O capitalismo, na sua essência, então, é uma competição de dar. Evidentemente, o auto-interesse está envolvido. Mas o gênio do capitalismo, e só do capitalismo, é que ele canaliza o auto-interesse para o altruísmo. Empreendedores só podem se ajudar ajudando os outros.

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All those who have started a business, and made great sacrifices to do so, know the drama of that first day: does the world want what I have to give? Whether it’s an immigrant opening a beauty salon or Steve Jobs selling an Apple Computer, success is far from guaranteed. In fact, it’s just the opposite.

Todos aqueles que começaram um negócio, e fizeram grandes sacrifícios para fazer isso, conhecem o drama do primeiro dia: será que o mundo quer o que eu tenho a dar? Quer se trate de um imigrante abrindo um salão de beleza ou de Steve Jobs vendendo um computador da Apple, o sucesso está longe de ser garantido. Na verdade, é exatamente o oposto.

Those courageous souls, the entrepreneurs who are the beating heart of capitalism, who bring us the endless material benefits we enjoy from ATM machines to life saving medicines — should be held up for admiration, not torn down.

Essas almas corajosas, os empreendedores que são o coração pulsante do capitalismo, que nos trazem os benefícios materiais intermináveis que desfrutamos, de máquinas ATM a medicamentos que salvam vidas – devem ser apontadas com admiração, não com rejeição.

Altruism is the very reason for capitalism’s existence and why it remains the hope of civilization.

O altruísmo é a própria razão da existência do capitalismo e por isso continua a ser a esperança da civilização.

I’m George Gilder for Prager University.

Eu sou George Gilder para a Universidade Prager.

2.

Sobre a ganância também, nunca é demais lembrar aquela boa e velha lição de Milton Friedman que as celebridades hipócritas de Hollywood e do Brasil fazem questão de não aprender.

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3.

360-653089-0-5-o-livro-politicamente-incorreto-da-esquerda-e-do-socialismoAssim como Luiz Felipe Pondé, em “Socialismo é barbárie“, “recomendo a leitura do best-seller mundial, recém publicado no Brasil pela editora Agir, ‘O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo‘, escrito pelo professor Kevin D. Williamson, do King’s College, de Nova York. Esta pérola que desmente todas as ‘virtudes’ que muita gente atrasada ou mal-intencionada no Brasil está tentando nos fazer acreditar mostra detalhes de como o socialismo impregnou sociedades como a americana, degradou o meio ambiente, é militarista (Fidel, Chávez, Maduro), e não deu certo nem na Suécia. O socialismo é um ‘truque’ de gente mau-caráter”.

Transcrevo um trecho do livro de Williamson:

“(…) Os consumidores podem ter mau gosto, podem ter preferências imorais, mas seus interesses são o que são e o mercado nos permite compreendê-los. (…) O trabalho de um cirurgião pode ser, em certo sentido, mais importante socialmente que o de um jogador de basquete profissional ou o de uma estrela pop. Pode ser socialmente menos importante que o trabalho de um padre ou de um professor. Mas o motivo pelo qual o salário médio de um cirurgião é mais alto que o de um padre ou de um professor e mais baixo que o de um armador da NBA ou uma princesa da música nada tem a ver com qualquer característica ou qualidade objetiva do seu trabalho: paga-se tão bem por implantes de silicone quanto pelo tratamento de crianças com câncer. Em outras palavras, a abordagem capitalista é responder a questões econômicas economicamente. Essa teoria não é normativa; ela não avalia se as pessoas devem valorizar bens e serviços do jeito que o fazem.

O socialismo difere do capitalismo precisamente nessa questão. Ele procura dar aos processos profundos e fundamentais da economia – o estabelecimento de preços – um sentido moral. De fato, métodos normativos e moralistas para calcular valores econômicos são uma obsessão para socialistas e outros pensadores utópicos há mais um século. É uma das maiores ironias da história que os capitalistas tenham construído sociedades decentes e humanas com base em uma abordagem moralmente inflamada da economia. De todas essas abordagens normativas em relação a preços e salários, a mais conhecida vem do pai do socialismo, Karl Marx, e sua chamada ‘teoria do valor-trabalho’.  (…)”

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Leia também aqui no blog:
Por que o socialismo está em ascensão?
Faça a sua parte: estude

E no Porco Capitalista:
6 fatos que seu professor esquerdista não te contou

4.

Como as almas brasileiras cheias de boas intenções e amor profundo ao “meio-termo” adoram fundir (para não dizer palavra semelhante…) as coisas, adianto logo um trecho de “A vitória do fascismo“, de Olavo de Carvalho, presente na seção “Socialismo x capitalismo” do nosso best seller “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota“, na página 130.

“Não espanta que toda tentativa de fusão entre capitalismo e socialismo resulte numa contradição ainda mais funda: quando os socialistas desistem da estatização integral dos meios de produção e os capitalistas aceitam o princípio do controle estatal, o resultado, hoje em dia, chama-se ‘terceira via’. Mas é, sem tirar nem pôr, economia fascista. De um lado, burgueses cada vez mais ricos, mas – como dizia Hitler – ‘de joelhos ante o Estado’. De outro, um povo cada vez mais garantido em matéria de alimentação, saúde, habitação, etc., mas rigidamente escravizado ao controle estatal da vida privada.”

5.

Transcrevo ainda este vídeo esclarecedor do Olavo sobre o dilema que se impõe no Brasil entre o controle da economia e a liberdade de mercado – e qual é a solução antevista pelos Founding Fathers americanos. Chamadas: “Existe um mecanismo controlador da economia. Este mecanismo é a cultura, é a religião e a moral”; “Isto para você ter uma ideia do poder da fiscalização moral exercida pela sociedade.”

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Nos últimos 40 anos, você só vê o debate político encaminhado nas seguintes direções: ou você é a favor do controle da economia pelo Estado, ou você é a favor da total liberdade de mercado e você acha que a simples liberdade econômica vai resolver todos os problemas. Então ou você é um “progressista”, ou você é um “liberal”, na terminologia brasileira. (Nos EUA, é inverso: esquerdista chama-se “liberal”. E o que no Brasil se chama liberal aqui se chama de “conservative”.) Então só há essas duas correntes, só isso aparece na mídia.

Porém, os Founding Fathers já tinham descoberto uma maneira completamente diferente de enxergar o problema. O Estado deveria interferir muito pouco na economia. Mas a liberdade de mercado encontraria os seus limites através da função controladora da cultura e da religião. Ou seja: o que deve refrear os abusos do capitalismo não é o Estado. É a sociedade organizada através das igrejas, das escolas e da pressão da opinião pública. Então essa falsa opção que existe – ou é a total liberdade do mercado ou é o Estado controlando – George Washington, John Adams e Thomas Jefferson já tinham descoberto a solução faz 200 anos! Porque a gente sabe que se você libera totalmente a economia, logo-logo essa liberdade econômica se destrói a si mesma através da constituição de monopólios, quer dizer: é o fenômeno que eu chamo de “os metacapitalistas” [ver este vídeo e este artigo, por exemplo], são os caras que ficam tão ricos, mas tão ricos, mas tão ricos com a liberdade de mercado que, no fim, eles acabam controlando o mercado inteiro. Então é uma liberdade que se suicida.

E, por outro lado, se o Estado interfere na economia, o que acontece? Você cria uma casta de beneficiários do Estado: um casta de vagabundo, de chupim, de vigarista que só vivendo de imposto e a economia vai pro buraco. Então parece que só tem essas alternativas e o cérebro do mundo está empacado entre essas duas opções igualmente idiotas, vai fazer 40, 50 anos, especialmente no Brasil.

No Brasil não se discute outra coisa senão isto: é liberdade de mercado ou intervencionismo.

Os Founding Fathers já tinham entendido que o elemento controlador da economia não é o Estado, é a própria sociedade! E é por isso que John Adams dizia: esta Constituição, ela só serve para um povo moral e religioso. Por quê? Porque ela refreia a intervenção do Estado na economia e, portanto, dá terreno livre para os capitalistas fazerem o que quiserem… O que quiserem, não! O que a sociedade permitir que eles façam! Porque existe uma fiscalização, uma cobrança moral muito grande. Tanto que aqui nos EUA… aqui é o único país do mundo onde doar dinheiro para universidades, igrejas, instituições de caridade etc. é obrigação estrita de qualquer sujeito que tenha dinheiro no bolso. E se ele deixa de fazer isto durante uns dois ou três anos, o pessoal começa a olhar torto pra ele e não consome mais os produtos dele e não põe mais dinheiro no banco dele e começa a boicotar o desgraçado.

Então existe um mecanismo controlador da economia. Esse mecanismo é a cultura, a religião e a moral.

Esses caras já tinham descoberto isto 200 anos atrás e é a única coisa que funciona! Então é um controle às vezes até bastante drástico da economia, mas é uma coisa que não aumenta o poder do Estado. Porque você querer diminuir o poder dos capitalistas para dar mais poder para os burocratas, isto aí é você escolher entre Belzebu e Satanás, isso é coisa de maluco! Então tem de ter um terceiro fator que é mais poderoso que os dois juntos. O que é mais poderoso que os dois juntos? A sociedade inteira! A opinião pública. E aquilo que o próprio [ideólogo comunista italiano] Antonio Gramsci depois viria a chamar de “sociedade civil organizada”.

Esse negócio de “sociedade civil organizada” já existia aqui nos EUA desde 1800 através das… O que fez os EUA, o que criou os EUA foram as igrejas e as escolas que as igrejas montaram do lado. Então através dessa influência cultural eles moldavam a sociedade de tal maneira que capitalista nenhum, por mais dinheiro que tivesse, conseguiria passar além de certos limites.

Existe o famoso caso do John D. Rockefeller, vejam vocês, houve uma greve numa das minas – acho que era uma mina de prata, sei lá, do JDR – e ele mandou a polícia lá e a polícia fuzilou os grevistas, matou um bocado de grevistas. Do dia para a noite, o JDR virou o inimigo público número 1. Ele não podia sair à rua que as pessoas cuspiam nele. Todo mundo começou a retirar dinheiro que estava depositado nos bancos do Rockefeller, parou de consumir produtos que eram das fábricas do Rockefeller. Daí o Rockefeller desesperado contratou um sujeito chamado Edward [Louis] Bernays, que aliás era genro do dr. Freud, e que era um grande especialista em propaganda, e fez uma campanha de mais de 20 anos para limpara a sua imagem e deu um trabalho miserável. No fim ele conseguiu. Como é que ele conseguiu? Ele teve de começar a contribuir para as igrejas, contribuir para hospital, contribuir para universidade, fazer caridade para tudo quanto é lado, e depois de 20 anos limpou então a imagem do sujeito. E os Rockefellers então voltaram a ter uma posição de prestígio nos EUA, mas deu muito trabalho e custou muito dinheiro e custou muito sacrifício deles. Não digo que este sacrifício tenha chegado a pagar o imenso crime que cometeu, mas bastou para que a população no fim de 20 anos o perdoasse.

Isto para você ter ideia do poder da fiscalização moral exercida pela sociedade.

* Compartilhe este post nas redes sociais e eduque os amigos. Ou você acha que o MEC vai fazer isso em seu lugar?

Atualização de novembro: Vale acrescentar aqui a aula de Nelson Motta a Juca Kfouri:

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Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil

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