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Felipe Moura Brasil Por Blog Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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O choro e o genocídio que Obama deixou acontecer. Pacifismo de esquerda é sempre cumplicidade com terror

Anotei ontem no Facebook: Minutos depois, o Hamas violou mais um cessar-fogo, disparando dois foguetes no Sul de Israel. Continua após a publicidade E hoje começaram os ataques aéreos americanos, quer dizer, os “bombardeios limitados” autorizados pelo “pacifista” Barack Hussein Obama para “prevenir” – imagine – um “genocídio” por parte de jihadistas sunitas do grupo Estado Islâmico do […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 03h19 - Publicado em 8 ago 2014, 18h11
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    Minutos depois, o Hamas violou mais um cessar-fogo, disparando dois foguetes no Sul de Israel.

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    E hoje começaram os ataques aéreos americanos, quer dizer, os “bombardeios limitados” autorizados pelo “pacifista” Barack Hussein Obama para “prevenir” – imagine – um “genocídio” por parte de jihadistas sunitas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL; ou ISIS, na sigla em inglês) que assumiram o controle de grandes áreas no norte do Iraque e continuavam a avançar em direção à capital regional curda, Erbil. Não é maravilhoso que o presidente dos EUA faça isso agora, em vez de ter feito quando 5.000 terroristas chegaram ao Iraque? Obama ainda será reconhecido pela história como um especialista em prevenção póstuma. Como escreveu o autor best seller David Horowitz no Twitter: “11 anos de sabotagem por parte do Partido Democrata dos esforços de esmagar o terrorismo no Iraque e no Oriente Médio estão rendendo frutos”; “No dia em que Obama foi reeleito, meu primeiro pensamento foi: muita gente vai morrer por causa disso. Agora um genocídio se desenrola no Iraque.”

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    Obama não apenas retirou as tropas que, em 2008, garantiam a segurança no Iraque, como também soltou um dos líderes do ISIS, Abu Bakr al Baghdadi, em 2009; e, para piorar, ainda armou os jihadistas que faziam oposição a Bashar al-Assad na Síria, contribuindo para o caos que facilitou a ascensão do ISIS por lá. O ISIS é um primo do Hamas. Ambas as organizações terroristas são frutos da Irmandade Muçulmana, aquela que, no Egito, também contou com uma ajudinha de US$ 1,5 milhões do governo Obama.

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    Dizer que Obama cometeu um “erro” no Iraque é muita benevolência. Ninguém erra sempre para o mesmo lado. Ninguém erra sempre em favor do terror islâmico.

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    O caos iraquiano
    Os terroristas sunitas do ISIS veem a maioria xiita no Iraque, e minorias como cristãos e yazidis, como infiéis, considerando estes últimos “adoradores do demônio”; e eles não fazem a menor cerimônia para executá-los enquanto tentam estabelecer um império islâmico e redesenhar o mapa do Oriente Médio. Nem mesmo crianças são poupadas. Execuções sumárias, decapitações, amputações e crucificações compõem um modus operandi de brutalidade incomensurável, que faz empalidecer até a Al Qaeda.

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    Imagem divulgada pelo site jihadista Welayat Salahuddin mostra terroristas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) executando dezenas de iraquianos membros das forças de segurança em um local desconhecido – AFP/Welayat Salahuddin/AFP

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    Após as lágrimas de crocodilo do porta-voz anti-Israel da agência da ONU em Gaza, Chris Gunnes, renderem manchetes em jornais do mundo inteiro, agora temos – não com a mesma repercussão, é claro – as lágrimas sinceras de desespero da única representante da minoria étnico-religiosa yazidi no parlamento iraquiano, Vian Dakhil:

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    “Há [dezenas de milhares de] yazidis que agora estão morando no Monte Sinjar. Sr. presidente, estamos sendo massacrados sob o lema ‘Não existe Deus a não ser Alá’. Sr. presidente, até agora 500 homens yazidis foram executados… Sr. presidente, nossas mulheres estão sendo levadas como escravas e vendidas no mercado escravo. Por favor, irmãos, agora há uma campanha de genocídio sendo conduzida contra os membros yazidi… Por favor, sr. presidente, meu povo está sendo executado exatamente como todos os iraquianos foram executados. Os xiitas, os sunitas, os cristãos, os turkmens e Shabak foram executados. E hoje os Yazidis estão sendo executados. Irmãos, para além de todas as disputas políticas, nós queremos solidariedade humanitária. Eu falo aqui em noma da humanidade. Salvem-nos! Salvem-nos! Nas últimas 48 horas, 30 mil famílias ficaram sitiadas no Monte Sinjar sem água nem comida. Eles estão morrendo. Até agora, 70 bebês morreram de sede e sufocação; 50 idosos morreram por conta das condições deterioradas. Nossas mulheres estão sendo levadas como escravas e vendidas no mercado escravo. Sr. presidente, nós imploramos que o parlamento iraquiano intervenha imediatamente para parar com esse massacre. Já houve 72 campanhas de genocídio contra os yazidis, e agora elas estão se repetindo no século 21. Estamos sendo massacrados, aniquilados. Uma religião inteira está sendo varrida da face da Terra. Irmãos, eu apelo a vocês em nome da humanidade para nos salvar! Sr. presidente, eu quero…” 

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    Mapa-Iraque-revista-size-575Em seguida, ela explodiu em prantos.

    Enquanto mais de 120.000 cristãos fugiram rumo às cidades de Erbil e Dohuk para escapar dos jihadistas sunitas que tomaram as localidades de Qaraqosh (a maior cidade cristã do Iraque) e Telkif, cerca de 40.000 yazidis presos no Monte Sinjar sofriam com a sede e a inanição sob temperaturas de verão de até 38 graus.

    “Há crianças que morrem na montanha, nas estradas”, dissera ao Daily Mail o representante do Iraque para a UNICEF, Marzio Babille. “Não há água, não há vegetação, eles estão completamente isolados e cercados pelo Estado islâmico. É um desastre, um desastre total.”

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    As famílias deslocadas tiveram de enterrar as vítimas jovens e idosas em covas rasas na encosta da montanha rochosa, cobrindo os corpos com pedras, segundo o Washinton Post. Aviões do governo iraquiano chegaram a tentar lançamento aéreo de água engarrafada, mas poucos refugiados foram alcançados.

    Aí quem aparece nessa hora, fazendo carinha de zangado com os homens maus do mundo? Ele mesmo: Barack Obama, o defensor dos fracos e oprimidos que seu próprio governo deixou para morrer, assim como fez com aqueles quatro americanos em Bengasi. O presidente disse na TV que os primeiros aviões de transporte dos EUA já tinham lançado água e comida aos yazidis do Monte Sinjar. Não é mesmo incrivelmente bem intencionado este homem?

    Vai ver merece mais um Nobel da Paz. Vai ver, a culpa de tudo é dos judeus.

    Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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