Assine VEJA por R$2,00/semana
Felipe Moura Brasil Por Blog Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
Continua após publicidade

Falta de dinheiro e amor ao lucro, com Faulkner e Lobato

Trecho da entrevista que William Faulkner concedeu a Jean Stein Vanden Heuvel, da Paris Review, em 1956:   “O escritor não precisa de liberdade econômica. Tudo de que precisa é lápis e papel. Eu nunca soube que algo bom em literatura tivesse se originado da aceitação de uma oferta gratuita de dinheiro. O bom escritor […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 04h41 - Publicado em 9 jan 2014, 05h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • FAULKNER

    Publicidade

    Trecho da entrevista que William Faulkner concedeu a Jean Stein Vanden Heuvel, da Paris Review, em 1956:
     
    “O escritor não precisa de liberdade econômica. Tudo de que precisa é lápis e papel. Eu nunca soube que algo bom em literatura tivesse se originado da aceitação de uma oferta gratuita de dinheiro. O bom escritor nunca pede auxílio a uma instituição cultural. Está ocupado demais escrevendo alguma coisa. Se não é um escritor de primeira classe, ilude-se dizendo que não tem tempo ou liberdade econômica. […] As pessoas na verdade têm medo de descobrir que podem suportar muita adversidade e pobreza. Têm medo de descobrir que são mais resistentes do que pensam. Nada pode destruir o bom escritor. A única coisa que pode alterar o bom escritor é a morte. Os bons não têm tempo para pensar no sucesso ou em ganhar dinheiro.
     
    LOBATO
    Trecho (transcrito por mim) da última entrevista de Monteiro Lobato, concedida a Murilo Antunes Alves, da Rádio Record, em 1948, dois dias antes de sua morte em decorrência de um derrame:
     
    Murilo Antunes Alves: De todas as suas obras, Monteiro Lobato, qual a que mais lhe agradou, ou a que fala mais de perto ao seu coração?
     
    Monteiro Lobato: De todas as minhas obras, a que mais me agrada é a que me dá mais dinheiro; é a que me dá maior lucro. Revendo lá minhas contas, eu vejo que é ‘Narizinho’, [A menina do] ‘narizinho arrebitado’, porque já vendi uma série de edições com ‘Narizinho’, já vendi mais de 100 mil exemplares e, portanto, esta é a querida do meu coração. Se eu dissesse qualquer coisa diferente, seria mentira ou hipocrisia.
     
    ******
     
    Moral da história:
     
    Falta de dinheiro não é desculpa e amor ao lucro não é vergonha.
     
    Felipe Moura Brasil – https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.