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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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As causas culturais do caos no Espírito Santo

Veja a lista de Felipe Moura Brasil, de volta das miniférias

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 21h02 - Publicado em 8 fev 2017, 16h24

Os 87 assassinatos registrados em cinco dias e os demais aumentos nos índices de criminalidade no Espírito Santo no vácuo deixado pela greve de policiais militares insatisfeitos com o salário bruto de R$ 2.646,12 reais ao mês (quando a média nacional é de cerca de R$ 3.500) são o resultado prático de uma combinação de ideias e medidas defendidas e tomadas pela esquerda brasileira nas últimas décadas.

Em resumo, esta combinação consiste nos seguintes itens:

1) O aumento do tamanho do Estado na esfera federal pelo governo do PT, que resultou em aparelhamento político da máquina pública, nos maiores esquemas de corrupção da história do Brasil e em um cenário de recessão e crise econômica em função da elevação dos gastos públicos muito acima da arrecadação;

2) O tamanho do estado do Espírito Santo, que – além dos prejuízos com recessão, queda dos royalties de petróleo e paralisação da Samarco – acumula um déficit previdenciário de R$ 1,767 bilhão, apresenta uma folha de funcionários tão inchada quanto a maioria dos estados (são 60 mil ativos e 33 mil aposentados) e tradicionalmente não tem a Segurança Pública como prioridade dos governos, não dispondo de mais dinheiro, segundo o atual governador Paulo Hartung (PMDB), para cobrir o gasto adicional de R$ 500 milhões relativos ao aumento de 43% exigido pelos policiais;

3) A cultura da greve consolidada nos anos 1980, que legitima toda paralisação de serviços prestados à sociedade em caso de insatisfações como a salarial, independentemente das consequências desta decisão para a população civil;

4) A cultura do crime, na qual bandidos são considerados “vítimas da sociedade” quando são pobres, embora sejam justamente os pobres, insultados por esta tese, as suas principais vítimas, já que não têm dinheiro suficiente para se proteger com condomínios fechados, carros blindados, escoltas e demais meios disponíveis a quem pode pagar, como prova o vídeo de mulheres capixabas sendo assaltadas em ponto de ônibus;

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5) A cultura do desarmamento, que impede a maioria dos cidadãos de bem de defender a si e à sua família onde e quando o Estado não pode garantir sua segurança, como é o caso, embora haja relatos de que há dezenas de capixabas armados fazendo vigílias em casas, condomínios e até nas ruas, talvez um sinal de que a situação poderia ser ainda pior caso esta minoria também tivesse seguido o manual esquerdista.

Apesar de tudo, assistimos ao seguinte diálogo entre uma repórter e o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia:

“Mas, secretário, não é arriscado mandar a população para a rua diante desse quadro?”

“Nós temos que viver com confiança, confiar no Estado e trabalhar. Todos estão convidados a isso.”

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No Brasil culturalmente dominado pela esquerda – aquela mesma que não raro defende o fim da PM –, todos estão convidados a confiar no Estado e a sair para trabalhar com a confiança de que serão assaltados ou mortos.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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