Augusto Gomes, um dos filhos de Antonio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, me ligou para agradecer meu post “Jair Rodrigues e Mussum ‘forévis’” e me mandou os convites – que estendo aos meus leitores – para o lançamento no Rio de Janeiro e em São Paulo da biografia “Mussum forévis – Samba, mé e Trapalhões“, escrita por Juliano Barreto, que narra a trajetória do sambista trapalhão, cuja experiência de vida e cujos talentos musicais e humorísticos se fundiam em uma figura autêntica de traços únicos de personalidade, como raramente se vê no cenário brasileiro atual, especialmente na classe artística.
Vale a pena assistir também ao vídeo da recente matéria do Fantástico a seu respeito, cuja transcrição está aqui.
Destaque para os trechos:
Fantástico: Eram racistas as piadas que vocês faziam com o Mussum?
Renato Aragão: Ninguém entendia isso como racismo. Ninguém. Era uma brincadeira, era uma caricatura.”
(…)
Dedé Santana: “Eu falei, ‘Renato, por que a gente não põe um afrodescendente?’, hoje é afrodescendente, né? No meu tempo eu falei: ‘por que a gente não bota um negão com a gente?”
O Brasil, de fato, era um tantinho melhor – mais maduro e menos melindroso, cínico, hipócrita – quando a praga do politicamente correto não tinha transformado piadas caricaturais em ofensa, à qual hoje se reage com uma indignação afetada que não raro resulta em violência, insuflada pelas militâncias esquerdistas. Eu não li o livro ainda, mas conhecer a história de Mussum é resgatar um pouco da leveza bem-humorada de um Brasil que, como o nosso futebol, já não existe mais.
Eu recomêndis.
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
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