*O texto a seguir contém spoilers do filme Coringa: Delírio a Dois
Do tipo que divide opiniões, o filme Coringa: Delírio a Dois provocou amor e ódio no público e na crítica. Há duas semanas em cartaz, o longa, porém, não parou de causar burburinho – entre eles teorias sobre o que de fato representa o final da produção. Sobre isso, o próprio diretor, Todd Phillips, e o protagonista, Joaquin Phoenix, deram suas declarações.
Relembrando, o filme termina com Arthur Fleck, o Coringa, voltando para a prisão após seu julgamento ser interrompido por um atentado. Na cadeia, ele recebe uma visita e, no caminho para encontrar o visitante, o protagonista é assassinado por outro detento que lhe conta uma piada sem graça e o esfaqueia. Enquanto Arthur sangra no chão, o rapaz fica rindo ao fundo de forma assustadora. O assassino interpretado pelo ator Connor Storrie não possui nome no roteiro – porém, há quem diga que ele será o próximo Coringa. A teoria mais disseminada é que o jovem representa o “legado” do famoso vilão do Batman, o qual será levado adiante por criminosos mais desequilibrados e perigosos do que Arthur.
Phillips concorda com essa ideia. Segundo o diretor, o filme não se chama “O Coringa”, mas apenas “Coringa”, o que significa que esse não é necessariamente o vilão conhecido do Batman e pode, sim, ser um precursor dele. Nos quadrinhos, o personagem possui mais do que sete vidas: mesmo quando é dado como morto, o vilão dá um jeito de voltar à vida – em uma edição da HQ, ele chega a ser sentenciado à cadeira elétrica, sua morte é anunciada e, depois, uma substância milagrosa o traz de volta.
Voltando à cena do filme, pelo ponto de vista peculiar de Phoenix, há algo de “afetuoso” naquele momento. “Eu só pensava nisso na gravação. Ali está um jovem contando uma piada e ele está nervoso fazendo isso”, disse o ator, sobre a emoção de Arthur de ser reconhecido por seu “trabalho” junto a um fã. Para Phillips, o momento representou também um encerramento em que Arthur encontra, enfim, “paz em ser quem ele é”. Outro detalhe é o fato de nunca ser revelado quem era a visita que esperava o prisioneiro. Ele espera que seja Lee (vivida por Lady Gaga), o que lhe dá esperança de reviver o amor perdido. “Aquele é um momento bonito, pois o Arthur sente esperança. Acho que o Joaquin tá incrível na cena”, disse o diretor. “Para além da morte, naquela situação, ele ainda sorri para o garoto que o mata. Ele demonstra apreciação pela comédia e pela admiração do rapaz – algo que ele não experimentou no primeiro filme.”
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