A atriz e cantora inglesa, naturalizada australiana, Olivia Newton-John morreu nesta segunda-feira, 8, aos 73 anos. A notícia foi divulgada pelo marido da atriz, John Easterling, no Facebook. Segundo ele, Olivia morreu em paz em seu rancho na Califórnia, ao lado de familiares. A causa da morte não foi divulgada, porém, ela lutava desde 2017 contra um câncer de mama.
Olivia se tornou mundialmente famosa em 1978, com o musical Grease: Nos Tempos da Brilhantina. Na produção, estrelada ao lado de John Travolta, ela representou a transição da juventude americana dos anos 50, que assumiu um lado mais rebelde e contestador, graças, especialmente, à explosão do rock and roll. Em 1980 ela se entregou a disco music e suas purpurinas no filme Xanadu, no qual interpretou uma deusa grega da dança que ajuda um mortal a abrir uma boate.
Ao longo dos anos 80, Olivia se dedicou especialmente à música e aproveitou a amizade e o sucesso com Travolta para lançar parcerias ao lado do colega, entre elas mais um filme, o romance Embalos a Dois (1983). Olivia teve alguns momentos de glória no competitivo cenário musical. Representante do Reino Unido no tradicional festival Eurovision, em 1974 — ano em que o Abba saiu vencedor —, a jovem cantora de carisma inabalável aderiu ao country e ao pop romântico americano logo em seguida.
Ela só tomou as paradas com a explosão de Grease e de sua trilha sonora, com os hoje clássicos Hopelessly Devoted To You, You’re The One That I Want e Summer Nights. Seu momento sozinha sob os holofotes se deu em 1981, quando lançou Physical, faixa dançante na qual ela aparece no clipe com roupas de ginástica e faixa na cabeça, cantando uma letra de duplo sentido. Olivia fazia ali sua transição de moça romântica para símbolo sexual, pavimentando um caminho que seria largamente seguido por Madonna e Cyndi Lauper. Já sua carreira como atriz ficou em segundo plano, restrito a participações especiais e atuações em filmes e séries pouco dignos de nota — um de seus últimos trabalhos foi no besteirol Sharknado 5.