Cinco clássicos essenciais na HBO Max que estão prestes a sair do catálogo
Dezenas de filmes deixam a plataforma a partir de 1º de julho, incluindo produções antigas primorosas de diferentes eras de Hollywood
O serviço de streaming HBO Max está passando por reformulaçõess que antecipam sua fusão ao Discovery, plataforma dedicada especialmente à programação não-roteirizada, como realities e talk shows. Antes que a mudança se complete, porém, o catálogo abastecido por produções da emissora HBO e títulos de longa data do estúdio Warner Brothers já passa por revisões, e obras queridas vão deixar o aplicativo. No sábado, 1º de julho, parte das perdas se concretiza, desfalcando principalmente o repertório de clássicos contemplados pela curadoria — até então, ela se diferenciava das concorrentes pelo volume maior de produções realizadas antes do século XXI. Confira cinco filmes essenciais à história do cinema para ver esta semana na plataforma antes que eles sejam retirados do catálogo:
Um Dia de Cão
Ano: 1975
Dirigida por Sidney Lumet, essa história de assalto ao banco vai além do mero suspense inerente ao gênero. Com uma das performances mais memoráveis da juventude de Al Pacino, o filme acompanha o roubo frustrado de Sonny, criminoso que planeja o crime com a intenção de usar o dinheiro desviado para financiar a operação de sua esposa transgênero, Leon. A motivação é logo descoberta pela polícia e pela mídia, e dá vazão a um espetáculo que esmiúça com vigor e destreza a homofobia e transfobia da época, além da ética jornalística e conflitos de classe.
Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas
Ano: 1967
A história dos criminosos Bonnie Parker e Clyde Barrow superou o tempo e se provou icônica, conhecida por todas as gerações desde os anos 1930, quando as figuras reais cruzaram os Estados Unidos em fuga da polícia. O filme de 1967, estrelado por Faye Dunaway e Warren Beatty, porém, talvez seja o maior disseminador da lenda. Marcado por uma longa e brutal cena de fuzilamento, o filme chocou e divertiu com seu misto de romance e perigo, ganhando duas estatuetas do Oscar.
Disque M Para Matar
Ano: 1954
Um dos vários clássicos realizados por Alfred Hitchcock, este suspense protagonizado por Grace Kelly acompanha o plano de um marido ensandecido, que almeja assassinar a esposa para herdar o dinheiro que é dela e se vingar de uma traição conjugal. Para botar a ideia em prática, ele chantageia um antigo colega de faculdade, mas seu crime perfeito logo demonstra rachaduras.
Sangue de Pantera
Ano: 1942
Val Lewton foi um dos produtores mais célebres de Hollywood durante a primeira metade do século 20, responsável por uma série de filmes de baixo orçamento para o estúdio RKO Pictures, parceria que começou com Sangue de Pantera. No filme, dirigido pelo francês Jacques Tourneur, uma jovem sérvia nos Estados Unidos é atormentada pela crença de que, em situações de grande paixão, raiva ou ciúmes, se tornará uma pantera. O filme dribla as restrições do Código Hays — que impedia demonstrações de sexo — com destreza e é responsável por técnicas de tensão e erotismo presentes até hoje no cinema de horror.
Uma Rua Chamada Pecado
Ano: 1951
Filmado por Elia Kazan, Uma Rua Chamada Pecado é baseado na peça homônima do dramaturgo Tennessee Williams, de Gata em Teto de Zinco Quente, De Repente, no Último Verão e outros sucessos. O enredo detalha a mudança de Blanche Dubois, uma professora desequilibrada, para a casa de sua irmã, onde é antagonizada pelo cunhado. Além do melodrama afiado à frente de seu tempo, o longa é adornado por Vivien Leigh no papel principal — uma das mais reverenciadas performances da história do cinema — e Marlon Brando no auge de sua carreira de galã