A vida de Marilyn Monroe não foi fácil. Pelo menos é o que defende com unhas e dentes o filme Blonde, com Ana de Armas na pele da estrela do cinema. Amparado especialmente por rumores, o longa da Netflix, baseado no livro de Joyce Carol Oates, faz uma espécie de retrato emocional de Marylin, logo, sem apego à realidade. Confira a seguir o que é fato e o que é ficção no filme:
Pai desconhecido e mãe abusiva
De fato, Norma Jeane, nome real de Marilyn Monroe, não conheceu o pai e cresceu em lares adotivos e orfanatos, pois sua mãe, diagnosticada com esquizofrenia, vivia entre hospitais psiquiátricos. Rumores diziam que Marilyn acreditava que seu pai era Clark Gable, astro de …E O Vento Levou – a mãe dela trabalhou nos bastidores da indústria cinematográfica e poderia ter cruzado com o caminho de atores famosos. Recentemente, uma investigação com teste de DNA revelou que o pai da atriz seria Charles Stanley Gifford, que trabalhou com a mãe de Marilyn em Hollywood.
Trisal com filho de Chaplin
No filme, Marilyn parece que só foi feliz quando fez parte de um trisal formado por dois filhos de famosos: Charlie Chaplin Jr. (interpretado por Xavier Samuels) e Edward G. Robinson Jr. (Evan Williams), os quais são chamados no longa de Cass e Eddie. Não há nenhum indício de que esse trisal tenha existido. Porém, Marilyn teve um breve romance com Chaplin Jr. Mas, dizem as más línguas, ela o traiu com o irmão do rapaz, o que colocou um fim ao relacionamento.
Abortos
Uma das decisões criativas mais polêmicas do filme foi a de mostrar três abortos que Marilyn teria sofrido. O primeiro, fruto do relacionamento com Chaplin Jr e Robinson Jr, começou como uma decisão dela, incentivada pelo estúdio – e depois mandatória. O segundo aconteceu por um acidente doméstico, do casamento da atriz com o dramaturgo Arthur Miller. No terceiro, Marilyn é sequestrada por agentes americanos e levada ao hospital para interromper uma gravidez fruto do caso dela com o presidente J.F. Kennedy. Sabe-se, apenas, que Marilyn sofreu alguns abortos espontâneos, um deles por causa de uma gravidez ectópica – no qual o feto se desenvolve fora do útero. Na época, o aborto era proibido nos Estados Unidos, porém, era feito de forma ilegal com o apoio de estúdios de Hollywood, que incentivavam suas estrelas a não engravidar fora do casamento.
Casamento abusivo
Como o filme retrata, Marilyn de fato viveu um casamento abusivo com o ex-jogador de beisebol Joe DiMaggio. O ciúme do atleta era o principal motivo, não apenas por Marilyn ser um símbolo sexual, mas principalmente porque ela atraía mais atenção do que ele. O casamento, que durou nove meses, acabou pouco depois da icônica cena na qual ela aparece com o vestido branco esvoaçante na rua – como mostra Blonde.
Caso com o presidente
O suposto caso de Marilyn e John F. Kennedy é uma das especulações mais apetitosas da história americana. Um amigo da atriz, que escreveu uma biografia sobre ela, afirmou que os dois teriam tido apenas uma noite de amor, em 1962 – ano da morte da atriz. Pouco se sabe dos bastidores dessa relação, mas não há indícios de que ele a tenha violentado, como mostra o filme.