Chineses falam alto, quase gritando. Até mesmo em Hong Kong, que foi colônia da Inglaterra até 1997, os turistas que chegam do resto da China são ensinados a se expressar em baixo volume.
Em 2012, uma agência estatal publicou orientações pedindo que as pessoas falassem no volume apenas necessário para que outra pessoa conseguisse ouvir e evitassem chamar os outros à distância.
Há duas razões para os chineses falarem tão alto
A primeira é o passado rural da China. No campo há menos gente por metro quadrado e é preciso gritar para se fazer ouvir. A população urbana chinesa só ultrapassou a rural em 2012.
A segunda razão está ligada ao regime comunista. Em países autoritários, não é necessário demonstrar bons modos para convencer uma outra pessoa a fazer algo ou fechar um negócio. O que importa é espernear mais alto para obter mais das autoridades.
Alguns habitantes da Coreia do Norte que escapam da ditadura e chegam até Seul, na Coreia do Sul, possuem o mesmo vício. Na cidade de Hanawon, onde um centro governamental ajuda na adaptação de migrantes, eles são ensinados a baixar o tom de voz. Os que moravam na província de Hamkyong, que faz fronteira com a China, são conhecidos por “falar alto como os chineses”.
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