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Hitler era comunista?

A esquerda e a direita se encontram nos extremos da política, mas cavalo-marinho não é equino

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 ago 2017, 10h48 - Publicado em 19 ago 2017, 17h25
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  • Apesar de estarem em cantos opostos da política, a extrema direita e a extrema esquerda são muito parecidas. Ambas adoram um governo forte, censuram os jornais, controlam os sindicatos e reprimem minorias e grupos de oposição.

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    Mas há uma diferença básica de conceitos. A extrema esquerda fala em classe. A extrema direita, em nação.

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    Explicando melhor. A extrema esquerda diz buscar a igualdade e tem como objetivo acabar com a luta de classes. Na Revolução Russa de 1917, trabalhadores, camponeses e soldados tomaram o poder, instituindo uma ditadura do proletariado. Em Cuba, a propaganda oficial do Partido Comunista afirma que não há várias classes, mas apenas uma.

    Para a extrema direita, o fundamental é a nação. Adolf Hitler queria construir um país para a raça que ele considerava superior, a ariana.

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    Entre os motivos para se dizer por aí que Adolf Hitler era de esquerda está o de que o Partido Nazista tinha como nome oficial Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães.

    O site de humor Sensacionalista explorou bem a questão etimológica com esse comentário:

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    “Com base nesse argumento, O Partido Social Cristão também seria de esquerda. E o cavalo-marinho, um equino”.

    Até 1934, o Partido Nacional Socialista chegou a ter uma ala que podia se considerar como socialista. Seus líderes eram Otto e Gregor Strasser. Eles queriam a nacionalização de toda a indústria, propunham uma cooperação com a União Soviética e pediam o afastamento da alta burguesia do poder.

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    Gregor Strasser comandava a milícia SA, um braço armado dos nazistas. Desconfiado da influência de Strasser na SA, Hitler formou outra organização paramilitar, a SS, uma tropa de elite escolhida de dentro da SA para proteger a ele e a outros figurões do partido.

    No dia 29 de junho de 1934, Gregor Strasser e os principais quadros da SA foram assassinados, no episódio que ficou conhecido como a Noite dos Longos Punhais.

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    “O corpo do ‘strasserismo’ se desfez com o fechamento das SA e a absorção de parte de seus homens pela SS. No Partido Nazista, somente o Fuhrer podia ter razão”, escreveram Demétrio Magnoli e Elaine Senise Barbosa, no livro O Mundo em Desordem (Record).

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    Nos diálogos entre Hitler e Strasser, em 1930, dá para ver facilmente que o primeiro não era comunista. Adolf Hitler apreciava a contribuição dos altos empresários que, como ele, não queriam ver os eventos dramáticos da Revolução Russa se repetirem na Alemanha:

    “As grandes massas de operários não querem nada além de pão e diversão. Eles não entendem de idealismo. Nós nunca podemos contar com a possibilidade de obter um apoio considerável entre eles. O que queremos é um grupo de pessoas selecionadas da nova classe dominante, que – ao contrário de você – não estão preocupadas com sentimentos humanitários, mas que estão convencidas de que elas têm o direito de governar como uma raça superior e que poderá assegurar e manter seu domínio implacavelmente sobre as grandes massas “.

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