Assine VEJA por R$2,00/semana
Dora Kramer Coisas da política. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O estilo faz o homem

Renan Calheiros é useiro de vezeiro na arte de virar oposicionista quando tem seus interesses contrariados.

Por Dora Kramer Atualizado em 5 abr 2017, 15h20 - Publicado em 5 abr 2017, 15h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nessa encenação contra o governo, o senador Renan Calheiros está apenas sendo o Renan Calheiros de sempre. Movido pelas mesmas razões escusas. Faz esse teatro desde o tempo em que transitou de líder do governo durante a República das Alagoas para a condição de oposicionista durante o processo de impeachment de Fernando Collor. Ali começou a construir uma carreira de político influente. A adulação _ da imprensa, inclusive _ durou até quando começaram a surgir  as evidências de que por trás da máscara de moço bom havia um homem sem limites, disposto a qualquer coisa pelo poder. Surfou na onda daqueles que não sabiam da missa de sua vida a metade.

    Publicidade

    Agora posa de opositor a Temer por dois motivos: gostaria, mas não consegue dar as cartas na alocação de aliados em postos-chave da máquina do Estado e também gostaria, mas não consegue mais exercer  influência de quando era presidente do Senado. Perdeu espaço e prestígio. Da reputação dá notícia a mais de uma dezena de ações a que responde no Supremo Tribunal Federal. Busca, então, recuperar terreno no berro, intimidando e insultando. Uma espécie de precursor de Eduardo Cunha.

    Outrora, nos idos da década dos 90, resolveu se opor a Collor por um motivo: na reta final da eleição para governador de Alagoas, em 1990, descobriu que Paulo César Farias, arrecadador do grupo, mandara os doadores (notadamente os mais abastados, de São Paulo) cortarem o envio de recursos à campanha dele porque Collor queria que o eleito fosse seu opositor Geraldo Bulhões. Ambos tinham o apoio do então presidente, mas a aliança com Bulhões é que era a verdadeira. Derrotado, partiu então para a denúncia de que as eleições haviam sido fraudadas. De fato, naquele ano a justiça eleitoral anulou e mandou repetir as votações em alguns municípios. Inclusive alguns controlados pela família Calheiros.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.