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Mole até que fura

Aos poucos instituições encurtam prazo de validade de Bolsonaro

Por Dora Kramer Atualizado em 29 Maio 2020, 14h45 - Publicado em 29 Maio 2020, 12h46
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  • Na balança onde se medem equilíbrios de forças a situação do presidente Jair Bolsonaro não é nada confortável e ele percebe isso, embora atue contra o próprio interesse, apostando em aprofundar o desequilíbrio.

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    Vimos isso na expressão do desespero das palavras tão intimidatórias quanto vãs. “Acabou, não vamos permitir que se repita um dia como o de ontem”, disse em referência à ação policial da véspera contra defensores dele suspeitos de integrar organização responsável por disseminação de notícias falsas, manifestações caluniosas e ameaças de atentados contra a vida de autoridades e o patrimônio público.

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    A última pesquisa Datafolha mostra que já não existe mais a equivalência dos três terços entre os que consideram o governo ótimo, regular ou péssimo. A parcela dos fiéis continua em 33%, mas a coluna do meio desceu para 22% e a rejeição subiu para 43%. Junte-se a isso a inédita unidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal, conseguida a poder das tentativas do presidente de acossar a Corte, e temos uma poderosa barreira a que Bolsonaro consiga dar efeito prático às suas ofensivas oratórias.

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    Apenas o Congresso continua meio lá meio cá por duas razões: a necessidade de o presidente da Câmara não perder de vez interlocução com o Centrão e a prudência de Rodrigo Maia em não atropelar os fatos dada sua condição de juiz da pauta do impeachment e seus 35 pedidos encaminhados à Casa. Ainda assim, tanto ele quanto Davi Alcolumbre, cada qual na sua intensidade, se posicionam constantemente contra a radicalização militante do presidente da República.

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    A incógnita, para além das notas de afirmação democrática, continua a ser a posição das Forças Armadas. Até segunda ordem, fiquemos com o que afirmam as notas. Objetivamente, Jair Bolsonaro não tem poder, a não ser o do grito, para fazer dar qualquer passo adiante das meras intenções autoritárias.

    Já as instituições detêm as armas mais poderosas com as quais, aos poucos, vão encurtando o prazo de validade de Jair Bolsonaro: a Constituição e o bom senso majoritário da população.

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