Vamos ao ditado que se encaixa perfeitamente à situação: “Errar é humano, persistir no erro é burrice”. Burro o presidente Jair Bolsonaro não é, do contrário não teria saído o baixo clero do Congresso para a Presidência da República com os votos de mais de 57 milhões de brasileiros.
Logo, só se pode atribuir a insistência dele em brigar até com a sombra à falta de tirocínio, de autocrítica e daquele senso de risco que nos protege nas proximidades do abismo. O presidente anda parecendo partidário de uma das frases memoráveis de Millôr Fernandes: “Vossa Excelência chegou ao limite da ignorância e, no entanto, prosseguiu”.
Com suas exorbitâncias verbais uma hora o presidente Bolsonaro deixará de transitar no terreno do folclore para arcar com as consequências daquilo que tem dito a respeito de pessoas, fatos e situações. E aqui não falo de impeachment ou algo parecido, mas de coisa pior para um político: o isolamento, pois começa a se tornar uma má companhia para quem vive de agregar apoios e amealhar simpatia para traduzi-los em votos.
Com os filhos, meia dúzia de abilolados ideológicos e seus (ainda) 30% de eleitores mais fiéis, Jair Bolsonaro não verá o verão de 2022 sob os auspícios da reeleição.