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Pilares para a educação

O conhecimento precisa ser tratado como petróleo

Por Cristovam Buarque Atualizado em 4 jun 2024, 09h39 - Publicado em 2 fev 2024, 06h00
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    Prédio do Ministério da Educação (MEC/Divulgação)

    Há setenta anos os governos adotam medidas visando melhorar a educação, mas ela continua com baixíssima qualidade e imensa desigualdade, porque as leis e os programas têm objetivos modestos e com execução local. Para se transformar em país com educação de qualidade assegurada a todas as suas crianças, o Brasil precisa de sete pilares para o salto.

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    Primeiro, uma mudança cultural que veja educação de base para todos como parte da infraestrutura do progresso: o conhecimento tratado como petróleo, a escola como aeroporto. O país só adota o compromisso de educar com qualidade quando sente que isto é necessário para o desenvolvimento nacional. Não se pode tratar a educação como mero serviço social.

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    Segundo, um movimento político capaz de criar vontade coletiva que assuma a educação de base como propósito de todos os brasileiros para todos os brasileiros. Tivemos este sentimento para a independência, a abolição, a industrialização e a democracia, mas nunca vontade comum para estarmos entre os melhores do mundo em educação, ainda menos para assegurá-la com a mesma qualidade a todas as crianças, independentemente da renda e do endereço.

    Com base nessa vontade coletiva, o terceiro pilar seria a montagem da estrutura administrativa necessária para fazer funcionar um ministério para a educação de base e uma agência para a proteção de crianças e adolescentes, na Presidência da República. Porque, sendo questão nacional, a responsabilidade com a educação não pode depender dos recursos de cada família e prefeitura.

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    “O fundamental seria um movimento capaz de criar vontade coletiva, como na independência”

    O quarto pilar consiste na estratégia de adoção federal da rede de ensino público nos municípios que não têm condições de oferecer escola com máxima qualidade a suas crianças. Em toda cidade, professores com carreira federal, edificações com padrão nacional, horário integral em todas as escolas. Em poucos anos, essa estratégia de adoção implantaria um Sistema Único Nacional Público, não necessariamente estatal, de educação de base em todo o país.

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    O quinto seria equipar as escolas para substituir as tradicionais e arcaicas “aulas teatrais” por modernas “aulas cinematográficas”, com o uso de ferramentas e métodos digitais de teleinformática e com bancos de dados dinâmicos, dispondo para isto de professores preparados e métodos de ensino que respeitem o gosto e a vocação do aluno.

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    O sexto pilar seria a transformação do ensino médio em ensino conclusivo, capaz de formar cada jovem para o mundo contemporâneo, dando-lhe o mapa para facilitar sua busca da felicidade pessoal e as ferramentas para participar da construção do país, com itinerários que combinem ensino teórico e profissionalizante.

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    O sétimo é criar um ambiente educativo nas famílias e na população, em museus, teatros, cinemas, com envolvimento da mídia, além da execução de um programa para a erradicação do analfabetismo que ainda vitimiza adultos.

    O vetor central deste salto é a vontade nacional encarnada por líderes políticos que tragam para a educação os propósitos que antes foram simbolizados no desenvolvimento (“50 anos em 5”), na democracia (“Anistia Ampla”, “Constituição Democrática” e “Diretas Já”), agora no educacionismo ( “Educação Já”), para o Brasil caminhar em direção ao progresso com uma modernização eficiente, justa e sustentável: civilizada, enfim.

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    Publicado em VEJA de 2 de fevereiro de 2024, edição nº 2878

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