O ministro da Economia, Paulo Guedes, começou a discutir com auxiliares e aliados um plano para tentar reverter a paralisia da agenda de governo após os atos liderados pelo presidente Jair Bolsonaro no 7 de setembro. Em uma dessas conversas, o ministro se queixou duramente do recuo na articulação de propostas importantes que dependem do Judiciário e do Congresso.
Guedes citou especificamente o rombo nos precatórios. Também mencionou diretamente o impacto sobre as negociações do novo Bolsa Família, tido pelo próprio ministro como peça fundamental da estratégia para dar ao presidente chances de se reeleger.
Embora os detalhes do novo plano ainda não estejam amarrados, uma proposta colocada na mesa é que seja feito um pronunciamento em rede nacional para listar as prioridades do governo até o fim do ano. A ideia é dizer que o governo federal fará a sua parte. Assim, avalia um interlocutor, o ônus de um eventual fracasso ficaria com o Congresso. O próprio Guedes estaria disposto a ir para a TV. A dúvida é se Bolsonaro vai deixar.