O que o futuro reserva a Aécio Neves
Justiça Federal em São Paulo absolveu o mineiro da acusação de receber propina de R$ 2 milhões da J&F
Tanto aliados como críticos de Aécio Neves (PSDB-MG) avaliam que a decisão da Justiça Federal de absolvê-lo na acusação de corrupção no caso J&F pode ajudar o mineiro recuperar uma parte do prestígio dos velhos tempos.
Uma tese que circula no PSDB é que Aécio pode se beneficiar de uma espécie de “efeito-Lula”. Se o eleitor petista se sente à vontade para votar no ex-presidente graças às decisões judiciais que o favoreceram, o eleitor de Aécio não tem porque se sentir constrangido.
O clima se estende para o resto da família. A Justiça Federal também isentou a irmã de Aécio, Andrea Neves, seu primo Frederico Pacheco e seu ex-assessor Mendherson Souza Lima. O advogado de Andrea Neves, Fábio Tofic Simantob, diz que “ruiu o castelo de uma grande farsa”.
Independentemente do grau de otimismo, aliados de Aécio apostam que ele provavelmente tentará a reeleição na Câmara. Mas talvez não pelo PSDB. A tese é que, se Eduardo Leite deixar o partido para disputar a Presidência pelo PSD, o mineiro pode caminhar para uma das legendas que apoiem o governador gaúcho.
Pode até ser que tudo dê certo. Mas a gravação da conversa entre Aécio e Joesley Batista é eterna: “Tem que ser um que a gente mate antes de fazer delação”.