Depois de amargarem a demora do PT em consolidar a troca de comando na comunicação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliados do petista aumentaram nos últimos dias as pressões por uma mudança no tom da campanha. O clima entre apoiadores de Lula é que é preciso fazer quanto antes um freio de arrumação, diante do avanço do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas. Como tem muita coisa para consertar, não há tempo a perder.
O plano de substituir o ex-ministro Franklin Martins andou no início desta semana, com a notícia de que o ex-ministro de Dilma Rousseff Edinho Silva deve mesmo assumir a vaga. Hoje prefeito de Araraquara, próximo de Lula e de Fernando Haddad, Edinho defende uma campanha mais pragmática e voltada ao centro. O foco de Lula, segundo ele, deve ser conquistar o eleitor que historicamente não vota no PT.
Mas partidos que integram a base de Lula querem mais. Já falam em ampliar sua participação – e principalmente seu poder de voz – no comitê responsável por tomar as principais decisões da campanha petista. Desde o começo da corrida, o PT prometeu dar assento nesse grupo a todas as legendas que vierem a apoiar formalmente a candidatura de Lula. Mas, daí para de fato decidir em conjunto, o passo é grande.
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