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A operação do PSDB que pode levar Eduardo Leite a trair seus valores

Ao acenar para uma nova candidatura no Rio Grande do Sul, governador vai contra o que sempre defendeu em nome de um plano de longo prazo

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 15 fev 2022, 11h26 - Publicado em 14 fev 2022, 11h27

Qualquer um que converse com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, já ouviu sua opinião firmemente contrária à reeleição. É comum no discurso do tucano a tese de que este foi, inclusive, o segredo da governabilidade que construiu em seu Estado. Sem figurar como candidato a mais um mandato, ele foi capaz de atrair mais partidos para sua base, criando circunstâncias inéditas para o que descreve como uma reconstrução do Rio Grande do Sul.

No último fim de semana, as palavras proferidas tantas vezes pelo governador gaúcho perderam a firmeza. Num discurso durante o encontro regional do PSDB, Leite indicou que ficará no partido e acenou pela primeira vez com a possibilidade de uma nova candidatura. Mesmo admitindo sua “convicção” a respeito da reeleição, ele engatou: “Mas eu também tenho a convicção de que nós não podemos permitir que o Estado se perca”.

A articulação por trás desse movimento veio pelas mãos de Bruno Araújo, reconduzido à presidência do PSDB e alçado à condição de coordenador da campanha presidencial de João Doria. Num único gesto, a cúpula tucana abriu caminho para construir um palanque firme para João Doria no Sul, jogar água no convite do PSD para que Leite troque de partido para disputar o Planalto e enfraquecer o grupo que desde as prévias age para minar a candidatura de Doria.

Leite tem argumentos para aceitar a proposta, mesmo que isso signifique trair seus valores. Sem mandato, ele perderá protagonismo na política nacional. Quando conversa com aliados sobre trocar de partido, ele também costuma ouvir que não deve vestir o figurino de mau perdedor. Mas, mais importante, ele é lembrado que tem tudo para ser o próximo da fila no PSDB para a disputa presidencial.

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A candidatura à reeleição, se confirmada, possivelmente dará a Eduardo Leite uma vitrine política por mais quatro anos e lhe garantirá um assento na mesa de quem hoje manda no partido. Mas esta será, antes de tudo, uma vitória importante para João Doria.

O governador paulista sabe que acumulou inimigos no caminho até sua tão desejada candidatura presidencial. Mas sempre apostou no controle das instâncias partidárias para neutralizar o fogo amigo. Uma tarefa que tem se mostrado mais difícil do que se imaginava.

Leia também: Três argumentos para convencer Eduardo Leite a ser candidato pelo PSD

Saiba mais: Como o fogo amigo levou Doria a vestir o figurino anti-Lula

Reveja a entrevista concedida por Eduardo Leite ao Amarelas On Air:

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