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Por Coluna
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Valentina de Botas: O Brasil já tolerou demais os que não toleram a ideia de que serão cuspidos do poder

No programa do Faustão, para completar a impostura, só faltou José de Abreu chamar o casal cuspido para se desculpar com a repugnância que cospe no sábado e chora no domingo

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h54 - Publicado em 26 abr 2016, 20h55

E aquele frio no estômago, aquele fogo no peito, o brilho de fome no olhar, enfim, aquele tumulto beatífico na alma que nos impulsiona no salto que nos faz meninos quando aquilo com que sonhamos invade a realidade e surpreende o cotidiano acostumado a si mesmo? A boa notícia é que, a se considerar tudo o que diz Michel Temer, como na entrevista à CNN, nesta segunda-feira, o cotidiano do país estará sujeito à normalidade.

Vejamos um trecho divulgado pelo Estadão: “O meu objetivo será unir as forças políticas e formar um bom governo para me aconselhar, garantir a governabilidade, ajudar a economia a se recuperar e colocar o país de volta aos trilhos”. Agora, isto: “Um golpe não é só contra mim, é também contra mim, mas não é, sobretudo, contra mim”, Dilma Rousseff por ela mesma. Na declaração de Temer, o futuro é a orientação e o Brasil, o objeto; na da presidente, ela se faz assunto falando de si como vítima do país infelicitado por ela e pela escória que integra e tenta aliviar a própria agonia na perenização da agonia do país.

O contraste que destaco, porém, não é essa esperada postura de cada um, mas as palavras de Temer livres da égide do pensamento convoluto, a efetivação sem sustos da sequência lógica sujeito-verbo-predicado, tudo redundando na poderosa simplicidade da clareza. Isso inaugura uma outra relação entre governados e governante. Não sei, claro, se o governo de Temer será bom ou não, mas, de saída, já nos liberta da canseira de uma falação opaca que reflete a falta de transparência do governo que acaba.

O fim da era da canalhice também extinguirá a vigarice linguística de Dilma Rousseff, a presidente que, antes de Jean Wyllys e José de Abreu – esquecendo a recomendação fajuta de Márcia Tiburi para beijar “fascistas” – expressarem no escarro toda a elegância e eloquência argumentativas de que são capazes, cospe cotidianamente na cara do país quando o acusa de golpista e sustenta a atmosfera tóxica que enseja a truculência que o líder de todos insufla.

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No programa do Faustão, para completar a impostura, faltou apenas José de Abreu chamar o casal cuspido para se desculpar com o ator repugnante que cospe no sábado e chora no domingo. Jandira Feghali acha que cuspindo em dissidentes impõem-se a tolerância; se não adiantar, a história comprova, os radicais cospem balas (de fuzis) até que o dissidente aprenda a tolerar ser intimidado, reprimido e eliminado.

O Brasil já tolerou demais esses cafajestes que se ajeitaram na vida e não toleram a ideia de que serão cuspidos do poder porque o tempo do esbulho acabou. Devem estar com aquele frio no estômago e aquele tumulto na alma que só os bandidos conhecem quando descobrem que a realidade invade os sonhos deles, uma realidade chamada impeachment e que atende também por camburão. Para a nação exausta com a falta de higiene geral da súcia lulopetista, ela se chama simplesmente normalidade.

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